Crescimento é o denominador comum na economia norte-americana

EUA_flag
diegodacal, Flickr, Creative Commons

Os motores de crescimento da economia norte-americana que a Pioneer Investments sublinhava no seu outlook para 2014 continuam agora, passados 10 meses, a estar intactos. “Depois de um abrandamento no primeiro trimestre, o consumo próprio reafirmou-se no segundo trimestre, tal como nós esperávamos. Continuamos a olhar para esta medida como o principal condutor do crescimento durante este ano”, começam por escrever no seu último “US Economy Update”.

O fortalecimento da procura interna no país é, na opinião da gestora, “muito favorável para as despesas de capital e suporta as nossas perspetivas de aceleração do investimento não residente”. Para suportar esse crescimento a entidade cita os estudos publicados pelo Sistema de Reserva Federal, que “apontam para uma melhoria das despesas de capital durante os próximos seis meses”.

Ao nível da balança comercial, enquanto o primeiro trimestre foi mais negativo para o crescimento, o segundo trimestre “foi mais forte” do que aquilo que a própria Pioneer esperava “tanto para as exportações como para as importações”. “Com a procura interna a aumentar e o dólar a valorizar-se, esperamos que as importações sejam suportadas na ordem dos 4.8% em 2014 face ao ano anterior, enquanto a performance das exportações estará em linha com a média do ano passado (3.3%)”.

Cautela com o fortalecimento do dólar

No que diz respeito à valorização do dólar, a UBS Global Asset Management tem uma opinião distinta e lança uma espécie de aviso: “A valorização das moedas é normalmente conduzida pelo crescimento ou, no caso do dólar, pelo medo”, começam por dizer os economistas Joshua McCallum e Gianluca Moretti, no seu último Economist Insights. O encorajamento à economia por parte da Fed “começou a dar sinais de que uma moeda forte é uma boa razão para que se tenha cautela com as subidas das taxas de juro. Tendo em conta que o fortalecimento da moeda pode ser o reflexo do apertar das condições monetárias futuramente, é difícil descobrir qual deve vir primeiro”, resumem.

Com uma valorização de quase 5% no terceiro trimestre, na opinião dos economistas  da UBS “os EUA estão a ter a oportunidade de decidir se gostam muito ou pouco de ter uma moeda forte”.

Mercado de trabalho a melhorar

Prosseguindo com os dados positivos sobre a economia norte-americana, a melhoria do mercado de trabalho é outro dos factores apontados pela Pioneer Investments. “Os dados do emprego relativos a setembro são sem sombra de dúvidas fortes. O único ponto fraco são os salários, que têm sofrido alterações numa base mensal”, resumem.