O Luxemburgo dá um salto qualitativo na regulação financeira ao adotar a inteligência artificial soberana. A CSSF, em colaboração com a Clarence, irá implementar tecnologias de IA de ponta, mantendo o controlo total sobre os dados sensíveis.
A inteligência artificial continua a deixar a sua marca no mundo empresarial, e o setor financeiro não é exceção. A Commission de Surveillance du Secteur Financier (CSSF) do Luxemburgo adotou a Clarence, uma plataforma soberana de IA.
Um projeto de IA que visa redefinir a eficiência e a segurança no setor financeiro. Ao adotar a Clarence, uma solução soberana em nuvem desenvolvida em colaboração com gigantes da tecnologia, a CSSF pretende lançar as bases para um futuro em que a inovação e a soberania dos dados coexistam em perfeita harmonia.
Um modelo soberano para uma IA responsável
A colaboração com a Clarence introduz uma cloud solution, que dá prioridade ao controlo e à confidencialidade dos dados. Ao contrário das plataformas tradicionais, a Clarence é uma tecnologia air-gapped que garante um nível de segurança sem precedentes para as instituições que tratam dados críticos, nomeadamente no setor financeiro.
Concebida para cumprir regulamentos rigorosos e proteger a privacidade dos dados, esta plataforma estabelece um enquadramento avançado para a implementação da IA. Permite-lhe tirar partido da aprendizagem automática e de ferramentas de análise massivas sem comprometer a segurança. Esta abordagem reforça a confiança nas tecnologias emergentes, tornando a IA um aliado estratégico para reforçar a segurança financeira, em vez de a apresentar como um risco potencial.
De acordo com Pascal Rogiest, CEO da Clarence, a colaboração com a CSSF impulsiona uma transformação digital responsável e eficiente, posicionando a CSSF como pioneira em inteligência artificial e generativa, promovendo um futuro seguro e coeso para o setor financeiro do Luxemburgo.
A inteligência artificial ao serviço da regulação
A CSSF planeia integrar a IA nos principais processos de supervisão para melhorar a eficiência, a precisão e a transparência. Com o apoio tecnológico da Clarence e a colaboração com infraestruturas avançadas, a comissão poderá otimizar a avaliação dos riscos, reduzir os tempos de resposta e melhorar a qualidade dos seus serviços, tanto para as entidades supervisionadas como para o público.
Este desenvolvimento apresenta-se como um modelo inovador na Europa, oferecendo uma solução que combina a confiança digital e a soberania dos dados. “Esta colaboração com a Clarence representa um passo significativo na transformação digital da CSSF. Permite-nos processar um volume crescente de dados, refinar a análise de risco e, em geral, aumentar a eficiência do nosso trabalho”, afirma Claude Marx, CEO da CSSF.