De janeiro a maio: os melhores fundos de curto prazo

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kiki follettosa, Flickr, Creative Commons

Tal como aconteceu noutras categorias, também aquela que engloba os fundos de tesouraria sofreu alterações no início do ano. Na passagem de 2014 para 2015 a categoria da APFIPP que junta os ‘fundos de tesouraria’ passou a denominar-se de ‘fundos de curto prazo’.

No final de maio a Associação inseria nesta categoria oito fundos de investimento que apresentam dados para os cinco primeiros meses do ano. Desses, apenas um fundo consegue superar a fasquia de 1% em termos de rendibilidade. O fundo é o Patris Tesouraria gerido pela Patris Gestão de Activos. Nos primeiros cinco meses do ano o fundo regista uma rendibilidade de 1,13% com o património sob gestão a ascender a mais de 8 milhões de euros no final de abril. Numa recente entrevista dada à Funds People, a entidade destacou alguns dos factores fundamentais para o desempenho do fundo. Entre os vários factores, da Patris Gestão de Activos sublinham as “ferramentas sólidas de análise fundamental” e ainda o “conhecimento profundo dos emitentes”. Em termos de características chave para o fundo, na entidade evidenciam três: a consistência, a segurança e o rigor.

Com uma rendibilidade em 2015 de 0,52% figura, na segunda posição deste ranking, o fundo NB Tesouraria Ativa. Da responsabilidade de Tânia Pinheiro da GNB Gestão de Ativos, o fundo tinha no final de abril mais de 121 milhões de euros em ativos sob gestão. A carteira é composta por mais de 50% em obrigações corporate e quase 25% em títulos de dívida soberana. O fundo - que é um dos 30 maiores fundos do mercado nacional - recebeu cinco estrelas por parte da Morningstar, sendo que mantém este rating quantitativo máximo há vários meses.

Com quase 130 milhões de euros sob gestão e uma rendibilidade de 0,44% em 2015, surge o Santander Multitesouraria. Este fundo, gerido pela Santander Asset Management, está vocacionado “para o investimento em valores mobiliários e instrumentos do mercado monetário emitidos na Zona Euro (ou noutra divisa efectuando a respectiva cobertura cambial) e em depósitos bancários que se caracterizem por uma elevada liquidez e com prazo de vencimento residual inferior a 12 meses”, segundo se pode ler no prospecto do produto. As maiores posições da carteira são ocupadas, no momento, por depósitos a prazo.

O fundo Banco BIC Tesouraria segue logo de seguida na lista dos mais rentáveis desta categoria, com uma rendibilidade de 0,38%. O produto é gerido por Pedro Alves e Pedro Fernandes da Dunas Capital, sendo que existe o fundo denominado em euros e ainda o produto denominado em dólares. O Dunas Banco BIC Tesouraria A - denominado na moeda única europeia - tinha, no início de junho, mais de 58 milhões de euros em ativos sob gestão. No processo de escolha dos ativos que compõem a carteira, Pedro Alves afirmou no final do ano passado à Funds People que "a seleção de ativos numa perspetiva de curto prazo depende da aversão ao risco em cada momento, do perfil de risco-retorno a nível individual e do ‘fit’ na carteira”.

Os fundos de curto prazo em 2015

Fundo Gestora Rendibilidade 2015 (%)
Patris Tesouraria Patris Gestão de Activos 1,13
NB Tesouraria Ativa GNB Gestão de Ativos 0,52
Santander MultiTesouraria Santander Asset Management 0,44
Banco BIC Tesouraria - Categoria A Dunas Capital 0,38
Montepio Tesouraria Montepio Gestão de Activos 0,32
Popular Tesouraria Popular Gestão de Activos 0,31
BPI Liquidez BPI Gestão de Activos 0,12
Millennium Liquidez Millennium Gestão de Activos 0,08
Fonte: APFIPP no final de maio