Mudanças regulatórias, contenção de custos, implementação de novas tecnologias, manutenção de um serviço de qualidade e pressão sobre as comissões são os cinco grandes desafios para a gestão de fundos, segundo o 4º estudo da Deloitte sobre a administração de fundos.
O estudo intitulado “Performing under pressure” foi realizado com base nas respostas de 70 profissionais em mais de 10 países refere que “as exigências sobre os gestores de fundos têm aumentado nos últimos dois anos, o mercado continua a evoluir, um novo quadro regulamentar toma forma e os investidores exigem, mais que nunca, uma maior transparência e uma entrega atempada de informação”. Também “a contínua institucionalização da indústria do investimento resultou numa crescente procura por padrões mais elevados de serviços na gestão de fundos”.
A mudança regulatória foi identificada, em 65% das respostas, como o maior desafio para o sector. Os profissionais inquiridos consideram pouco significativos os desenvolvimentos actuais na implementação do UCITS IV e da regra de custódia da Securities and Exchange Comission (SEC), embora apontem estas medidas como as suas principais preocupações.
A qualidade do serviço e a tecnologia são outros dois desafios salientados, uma vez que o actual contexto implica uma adaptação da indústria que perante níveis de activos sob gestão mais baixos, reduzem o efectivo e tentam maximizar o uso da tecnologia de forma a corresponderem a um serviço de qualidade em diversas áreas (middle-office, risco) exigido pelos clientes. A pressão no valor das comissões é uma preocupação dos gestores de activos, especialmente, gestores de ‘hedge funds’ atendendo à competitividade e consolidação da indústria. Os custos e a implementação de programas de contenção dos mesmos são o quinto desafio mais identificado pelos profissionais da gestão de activos.