Descobrindo o Capital Group Emerging Markets Local Currency Debt Fund: três décadas de experiência em emergentes

Luis Freitas de Oliveira. Capital Group
Luis Freitas de Oliveira. Créditos: Cedida (Capital Group)

As obrigações de mercados emergentes nasceram como uma classe de ativos há 35 anos. Três anos depois, Luis Freitas de Oliveira iniciou a sua carreira profissional. O gestor viu o mundo da dívida emergente evoluir de um nicho quase ilíquido para uma das últimas opções para o investidor da dívida num mundo de taxas zero. Um universo que o gestor aborda com o respeito que um mercado tão grande e heterogéneo exige: análise fundamental independente e uma equipa de gestão diversificada nos seus processos de análise e perspetivas. "É inocente pensar que a mesma pessoa que fala consigo sobre as perspetivas da Mongólia pode ter uma opinião válida sobre a dívida do Senegal", argumenta.

Para Freitas de Oliveira, o investimento deve nascer da análise. De um entendimento sobre o que se está a incluir na carteira do cliente. “Não se pode investir com base na intuição ou na sequência do pensamento das massas”, afirma o gestor de carteiras e partner da Capital Group. É uma filosofia que o acompanhou durante as suas três décadas de carreira profissional. Toda uma trajetória intimamente ligada aos mercados emergentes.

Nesse tempo, o gestor experimentou em primeira mão o amadurecimento da classe de ativos. Freitas de Oliveira recorda o mercado emergente de há três décadas, em que as dificuldades de liquidez tornaram apenas quatro países verdadeiramente viáveis, e principalmente em dívida emitida em dólares. Agora o gestor pode falar com os clientes do boom nas obrigações corporativas emergentes.

A evolução dos mercados emergentes

Com o crescimento, veio a diversificação. Não só na oferta, mas na dinâmica que entra em jogo. Do ponto de vista do risco, as economias emergentes já não se movem como um universo único.  O que afeta a China ou a Rússia pode ser muito diferente. Vimo-lo com o colapso da lira turca há dois verões. Há 20 anos, tal evento teria sido refletido pelos outros emergentes.

O universo do investimento também amadureceu. O gestor recorda a banca latino-americana dos anos 80. Fragmentada e em constante risco de colapso. Agora, dos três principais bancos de cada país latino-americano, um é espanhol. É um setor mais consolidado. “Hoje em dia, muitas empresas em países emergentes têm presença em fundos globais; são reconhecidos como empresas globais”, conta.

Todo este conhecimento transforma-o na definição da sua abordagem para o Capital Group Emerging Markets Local Currency Debt Fund e para o Capital Group Emerging Markets Total Opportunities, duas das grandes apostas do gestor na Península Ibérica. O primeiro, além disso, tem o Selo FundsPeople 2021 para a sua classificação de Consistente.

Diversidade na equipa, diversidade de ideias

E uma classe de ativos tão diversa como a classe dos emergentes beneficia da diversidade em equipas de gestão. Na Capital Group acreditam firmemente que o mundo é muito complexo. Demasiado complexo para depender apenas da mente de um gestor estrela. Faz parte do ADN da entidade americana: transformar no seu forte o facto de cada pessoa trazer os seus próprios vieses, opiniões e visões. Para eles, é uma mais-valia para o processo de investimento que a equipa de gestão tenha diferentes formas de entender o mundo. “A diversidade de pensamento é muito importante.  Seria um exercício inútil se tivéssemos dois gestores da mesma origem étnica, que estudaram na mesma universidade, que jogaram golfe no mesmo clube e que tenham a mesma forma de ver o mundo”,  refere Freitas de Oliveira.

Essa diversidade de opiniões também se estende à forma como a classe de ativos é abordada. As equipas de obrigações e ações emergentes trabalham de mãos dadas.  Ao contrário de muitos gestores de obrigações, podemos ouvir Freitas de Oliveira falar confortavelmente de conceitos mais típicos do mundo do mercado acionista, como o retorno do capital investido. “Gostamos de transferir essa capilaridade das equipas para os fundos. Trata-se de trazer novas formas de compreender o mercado e perceber os riscos”, explica. No pré-pandemia, os analistas de ações e obrigações viajavam juntos. Isto permitiu que a equipa de dívida se sentasse com perfis muito diferentes dos utilizados na indústria. Desde ouvir os ministros das Finanças e os bancos centrais, até às empresas privadas onde a Capital Group é acionista.