Diversificar o risco dentro da Europa faz-se também nos ETFs

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Rilind Hoxha, Flickr, Creative Commons

No Banco Best, a lista de ETFs mais negociados continua a apresentar uma tendência semelhante à dos meses anteriores. Carlos Almeida, head of trading da entidade, indica que “em fevereiro, a preferência dos investidores recaiu para os mercados de acções da Alemanha e Espanha, tendo o Comstage ETF DAX TR UCITS ETF e o Amundi ETF MSCI Spain UCITS ETF sido os ETFs com maior nível de rotação no mês passado”. O especialista explica que estes são ETFs que “investem nas empresas mais líquidas do mercado onde estão inseridos, adoptando uma política de reinvestimento dos dividendos”. Outra das tendência assinaladas no mesmo mês, foi a procura por ações de média capitalização, “tendo o iShares STOXX Europe Mid 200 UCITS ETF sido um dos ETFs a ocupar os lugares cimeiros na negociação”. Carlos Almeida explica que “este ETF investe nas 200 acções mais líquidas do índice STOXX Europe 600, obtendo assim uma exposição a MidCaps”. “Com cerca de 25% do investimento aplicado no sector da indústria e serviços, o iShares STOXX Europe Mid 200 UCITS ETF tem uma exposição maioritariamente a empresas do Reino Unido e França”, indica. No Top 5, aparece também o “iShares Nasdaq Biotechnology, negociado na Bolsa norte-americana com exposição ao sector de Biotecnologia”. No mês de fevereiro registou-se ainda uma nova entrada, do Powershares - Powershares Dynamic Biotech & Genome Portfolio. “Este ETF investe 20% em empresas associadas á investigação de soluções na área da genética e saúde”, concluiu.

No Banco BiG, “o mês de Fevereiro veio consolidar algumas das tendências que já vinham a ser verificadas ao longo dos últimos períodos”, começa por  explicar Isabel Soares, gestora de produto da entidade. Neste sentido, a especialista acrescenta que “a maior propensão ao risco assumida por muitos investidores traduziu-se, por isso, numa forte procura por ETFs com exposição ao segmento accionista ou commodities”. Da lista de 10 produtos mais negociados, Isabel Soares explica que 8 “têm como objetivo a replicação dos movimentos de índices do segmento acionista”, de onde se destacam “o aumento de inflows em produtos com enfoque no mercado japonês e a consolidação do Comstage ETF PSI20 como um dos produtos mais procurados”. Neste último caso, a especialista indica que “o mercado nacional continuou a assumir-se como um dos mais atrativos para os investidores”. Com presença na lista esteve a temática commodities, que voltou a marcar presença com dois ETFs (sobre prata e ouro), “a registarem inflows interessantes”. A especialista da entidade conclui ainda que “à semelhança do mês anterior, todos os produtos apresentados são Long e permitem, por isso, beneficiar num cenário de apreciação do mercado”.

No ActivoBank o topo da lista já não é encabeçado pelo Lyxor ETF Levdax, que “cedeu” lugar ao Proshares Ultra Vix Short-Term Futures no passado mês de fevereiro. Guilherme Cardoso, do ActivoBank, indica que na plataforma se continua a assistir “aos mesmos veículos que são utilizados pelos clientes, sobretudo como alocações táticas de curto-prazo, consoante a maior ou menor volatilidade dos seus subjacentes”.