A IOSCO publicou o seu relatório Risk Outlook dos Mercados Financeiros para 2013-2014, onde identifica as principais orientações, vulnerabilidades e riscos dos mercados.
O Comité Permanente de Risco Sistémico e Estudos e o Departamento de Investigação, da IOSCO redigiram o documento e identificaram os principais riscos, num perspetiva sistémica, sendo que existem quatro: Riscos relacionados com um ambiente de taxas de juro reduzidos; Riscos relacionados com a gestão de ativos; Riscos relacionados com o mercado de derivados e Riscos relacionados com o fluxo de capitais dos mercados emergentes.
Emergentes e as reformas estruturais
“Os mercados emergentes precisam de mais reformas estruturais”, segundo a IOSCO. Estas reformas estruturais ajudam a tornar os seus mercados mais resilientes, testemunham a volatilidade que tem acontecido nos últimos meses.
Também as politicas monetárias expansionistas estão a preocupar a Organização Internacional das Comissões de Valores já que estas políticas podem criar ”riscos potenciais para os mercados de valores mobiliários”.
O relatório mostra, ainda, que “as economias emergentes sofreram entradas de capital significativas na era pós-crise. Os títulos de dívida e empréstimos não-bancários superaram o investimento estrangeiro direto e os empréstimos bancários como a principal fonte desses fluxos de capitais”, como se pode ler.
A IOSCO publica, também, que as políticas monetárias expansionistas têm reduzido as taxas de juros até o ponto de tornar as taxas reais negativas. "Embora essas políticas possam ajudar a estimular a economia real , os efeitos spillover podem criar riscos potenciais para os mercados de valores mobiliários".