Empresas europeias continuam na mira dos investidores em novembro

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007 Lego., Flickr, Creative Commons

O penúltimo mês do ano foi consistente com as últimas tendências apresentadas na subscrição de fundos estrangeiros nas plataformas portuguesas: mais ações, mais europa, mais risco. No entanto, apesar da fase mais “destemida” que os investidores atravessam, a procura por rendimento não é de todo esquecida. Nos fundos estrangeiros mais subscritos no mês de novembro a preferência por ações europeias foi clara mas, ainda assim, no top dos fundos estrangeiros mais subscritos, não deixa de figurar uma pequena “amostra” de fundos de obrigações focados no velho continente, e com apetência para a distribuição de rendimentos.

Desta forma, o 11.º mês de 2013 foi unânime nas três plataformas de fundos. A prevalência de fundos de ações europeus foi de facto a “moda”.  No ActivoBank, Guilherme Cardoso, refere precisamente que “a tendência durante o mês de Novembro foi liderada pela preferência por fundos  de ações em detrimento de fundos mais defensivos”. A liderar a lista aparece o SIS Euro Equity B e logo de seguida o UBS (Lux) SF Growth (EUR) N ACC, o que confirma “uma preferência por mercados europeus, fruto da underperformance nos últimos anos face aos índices norte-americanos”.

Mais fundos de ações sem esquecer rendimentos

No Banco Best, a tendência não foi quebrada. Apesar do fundo estrangeiro mais subscrito em novembro ter sido o AXA Global High Yield Bonds, Rui Castro Pacheco explica que este fundo “tem aparecido consistentemente nos últimos meses, investindo em dívida de empresas com menor qualidade de crédito, apresentando ainda taxas de retorno interessantes face às baixas taxas de dívida consideradas seguras”, o restante ranking não foge à tendência das ações. “Novembro foi mais um mês em que a maioria dos fundos mais subscritos foram fundos de ações. Dentro destes, a preferência foi pela região europeia com os fundos Schroder European Dividend Maximiser, Alken European Opportunities e Franklin European Small-Mid Cap a aparecerem como os fundos de ações mais subscritos.” O destino “Europa” foi inegável no mês de novembro da plataforma, mas ainda assim, dentro do espetro das ações europeias, existiu uma certa heterogeneidade. “Tivemos alguma diversificação nas escolhas, com um fundo mais generalista (Alken), o tema dos dividendos (Schroders) e as pequenas e médias capitalizações (Franklin Templeton)”, apontou o subdiretor da área de investimentos do Best.

Ainda assim, no top da plataforma há lugar para mais um fundo de obrigações, que denota a ténue procura dos investidores por rendimentos. O Jupiter Dynamic Bond é “um fundo muito flexível que pode investir em qualquer tipo de dívida e que tem conseguido apresentar excelentes desempenhos mesmo em momentos mais difíceis para as obrigações, distribuindo adicionalmente um rendimento trimestral na casa dos 5% (taxa anual)”.

Preferência por fundos de small caps europeias

No Banco BiG, as tendências que se verificaram em outubro foram agora “sedimentadas”. Isabel Soares, gestora de produto da entidade, realça que “a procura por fundos com exposição ao mercado accionista consolidou-se, e esta classe de activos ganhou ainda mais expressão na listagem de fundos mais subscritos (dos 10 apresentados, apenas três não são classificados como fundos de acções)”, referiu. De novo líder no ranking continua a estar o fundo Threadneedle European Smaller Companies, que confirma a tendência também patente nos tops das restantes entidades no que diz respeito à procura pelo segmento das small caps Europeias.

“Mais Europa” é precisamente um denominador comum nas listagens das 3 entidades. “Em termos geográficos, a procura por produtos com enfoque na região europeia continua a ser dominante. Os investidores parecem continuar a privilegiar investimentos com alocação a Europa ou Ásia (nomeadamente China) em detrimento de estratégias globais ou focadas nos Estados Unidos”. Confirma-se desta forma, que o radar dos investidores nas plataformas portuguesas tem saído fora da América, para dar lugar a outras regiões.

No Banco Best, continuam a estar no top alguns fundos já “habitués” do ranking, como por exemplo o Franklin Biotechnology Discovery e Credit Suisse Global Prestige. Como novidade, Rui Castro Pacheco destacou a entrada de “um fundo que investe em empresas do Reino Unido, o Fidelity Kingdom”. 

 

TOP TEN DOS FUNDOS ESTRANGEIROS MAIS SUBSCRITOS  EM NOVEMBRO 

 

Activo Bank

Banco BEST

Banco BiG

1

Schroder ISF Euro Equity B

AXA World Funds Global High Yield Bonds E Capitalisation EUR hedged (95%)

Threadneedle IF European Smaller Comp. F

2

JPM F Global HealthCare D

Schroder ISF European Dividend Maximiser B Dis

Invesco Pan European Structured Equity

3

UBS (Lux) SF Growth (Eur) N ACC

Alken Fund European Opportunities-A

Fidelity Funds-China Focus Fund Dist

4

BNY Mellon Long-Term Global Equity A

Franklin European Small-Mid Cap Growth N Acc €

Invesco Pan European High Income Fund

5

CS EF (Lux) Small Mid Cap Germany B

Nordea-1 Stable Return Fund E EUR

Templeton Global Bond Fund

6

UBS (Lux) SF Balanced (EUR) N ACC

Franklin Biotechnology Discovery N Acc $

JPMorgan Europe Equity Plus Fund

7

DWS Invest Euro Bonds (Short) NC

Jupiter JGF Dynamic Bond Fund L Class Euro

Fidelity Funds-Iberia Fund

 

8

Fidelity Funds Iberia E

JPMorgan Investment Funds – Global Income D (div) - EUR

BNY Mellon Brazil Equity Fund

9

UBS (Lux) SF Equity (EUR) N ACC

Credit Suisse Equity Fund (Lux) Global Prestige B

Pioneer Funds Top European Players

10

BGF Global Allocation (EUR Hedged) E2

Fidelity Funds - United Kingdom Fund A-GBP

BlackRock Global Allocation Fund