Escala melhorada de ‘ratings’ de análise de risco da Morningstar

A atribuição de ‘ratings’ por parte dos mais de 90 analistas da Morningstar, a nível mundial, é comum desde Fevereiro 2009. No inicio de 2012, a empresa de análise procedeu a alterações na escala ‘Morningstar analyst rating’, para que a mesma pudesse expressar da melhor forma possível as opiniões dos analistas.

Actualmente existem três notas positivas: ‘gold’, ‘silver’ e bronze, uma neutral e outra negativa. Anteriormente a escala era semelhante (excelente, muito bom, aprovado, insuficiente e deficiente), embora existissem duas notas negativas agora agrupadas numa única. Com a nova escala, através das notas positivas, “os analistas pretendem atingir um maior grau de detalhe, no sentido de oferecer ao investidor uma visão mais clara dos nossos pontos de vista e que nos permita mostrar-lhe o nosso grau de convicção relativamente aos fundos positivos e se os mesmos estão mais ou menos débeis”, afirma Javier Sáenz de Cenzano, director de análise da Morningstar, no documento apresentado sobre o novo ‘rating’ qualitativo.

Para chegar a uma qualificação, os analistas avaliam, de forma independente, cinco pilares chave que “a nossa experiência demonstrou serem críticos para a capacidade de um fundo ter êxito”, explica Javier Saénz de Cenzano: equipa de gestão, sociedade gestora, processo, ‘performance’ e preço. Neste sentido, o ‘rating gold’ é atribuído aos melhores fundos das respectivas categorias, de acordo com estes pilares, e que contam com o maior nível de convicção por parte dos analistas Morningstar. O ‘rating silver’ qualifica fundos com vantagens em alguns dos cinco pilares, no entanto não em todos. O bronze é atribuído a fundos cujas vantagens superam a desvantagens em relação aos ditos cinco pilares e cujo nível de convicção dos analistas é suficiente para justificar a notação positiva. A qualificação como neutral refere-se a fundos que provavelmente não têm uma rendibilidade excelente, mas cujo comportamento não é excessivamente pior que a média. Por último, negativos são fundos que têm, pelo menos, um defeito que pode condicionar, de forma significativa, o seu rendimento futuro e são considerados fundos inferiores à oferta da concorrência.

A aplicabilidade do ‘Morningstar analyst rating’ nos fundos portugueses analisados por esta empresa ainda não é totalmente visível, mantendo-se o ‘rating’ mais habitual da Morningstar atribuído em estrelas. No entanto, destacam-se dois fundos geridos pela BPI Global Investment Fund Management, o BPI GIF Opportunities I e R, domiciliados no Luxemburgo, com ‘rating’ bronze.