IGCP foi ao mercado buscar mil milhões de euros através de duas emissões, uma a três e outra a onze meses.
O Estado português voltou hoje aos mercados através da emissão de Bilhetes de Tesouro com dois prazos de maturidade distintos: a três e as onze meses. No prazo mais curto o montante emitido foi de 300 milhões de euros com a procura a superar a oferta em 2,3 vezes. No que toca à taxa de juro, esta foi de 0,008% mais alta do que a taxa negativa de 0,023% atingida na última emissão equivalente, no final do ano passado.
Para o prazo mais longo, o IGCP emitiu 700 milhões de euros com a procura a superar a oferta em 1,52%. Em termos de taxa de juro, a taxa ‘conseguida’ foi de 0,10%, maior do que a última emissão para o mesmo prazo, em meados de dezembro passado, onde atingiu os 0,03%.
Para Filipe Silva, diretor da Gestão de Ativos do Banco Carregosa, “a subida ligeira nas taxas de juro deve-se ao movimento da dívida longa. A nossa dívida a 10 anos a semana passada chegou aos 4,5%, embora agora esteja nos 3,5%. É notório que o prémio de risco aumentou desde o início do ano quer para a dívida pública portuguesa, quer para a dívida das empresas portuguesas. O facto de o nosso mercado ser pequeno também nos penaliza mais quando há algumas vendas maiores. Foi o caso das últimas semanas. Mas é preciso sublinhar que continuamos a financiar-nos a taxas de juro muito favoráveis. A procura esteve dentro da média e tal como se previa não houve qualquer problema na emissão.”