Nos ETF mais subscritos do Banco Best, as ações foram a classe de ativos mais subscrita, mas os investidores também demonstraram interesse pelo mercado brasileiro. Por sua vez, no ranking do Banco Carregosa observa-se o refúgio nos clássicos com o aumento da volatilidade nas obrigações soberanas.
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Vimos recentemente nos fundos mais subscritos de 2024 que os investidores se concentraram nos extremos de risco e observou-se, de igual forma, um apelo por segurança e liquidez, refletindo uma abordagem conservadora dos investidores.
No ranking do Banco Best, as ações foram claramente a classe de ativos mais subscrita, com especial destaque para os índices norte-americanos e mercados emergentes. “A excelente performance dos índices S&P500 e Dow Jones levou os investidores a vestirem a sua pele de touro e dar preferência às bolsas do outro lado do Atlântico, isto num ano marcado pelo aumento das tensões geopolíticas, especialmente no Médio Oriente, pelas eleições presidenciais nos EUA e do regresso da Reserva Federal ao ciclo de corte das taxas de juro”, explica Ângelo Custódio, trader na entidade.
Apesar deste foco nos mercados americanos, os investidores também demonstraram interesse por novas oportunidade e mercados, com o dinâmico mercado brasileiro em destaque, “apesar do recuo de 10% em 2024 face à incerteza das contas públicas do país e da pressão exterior que contribuíram para um maior pessimismo”, sublinha o profissional.
O iShares Core MSCI World UCITS, ETF em terceiro lugar do Top 5, sendo uma opção mais generalista e global de ações, “mereceu a preferência dos investidores que valorizaram a diversificação de setores e áreas geográficas de 23 países/economias desenvolvidos a nível mundial”, afirma, acrescentando que fora das principais escolhas dos investidores “ficou a Europa, com o índice Stoxx 600 a avançar 5.8% em 2024, apesar do crescimento económico continuar fraco com o BCE a rever a sua previsão de crescimento do PIB em 2025 para 1.1%, num contexto de instabilidade política na zona euro e da ameaça iminente de uma guerra comercial com os EUA”.
Mercados acionistas globais e dos EUA
O ano de 2024 destacou-se como um período de efervescência nos mercados globais. “Desde o impacto da recente flexibilização monetária nos EUA até à reconfiguração do panorama tecnológico na Ásia, os investidores no segmento de retalho mostraram-se alinhados com as tendências que definem o futuro económico global”, afirma João Queiroz, head of trading do Banco Carregosa.
Com a elevada incerteza geopolítica e a depreciação do euro, os ETF iShares MSCI World EUR Hedged e Source S&P 500 EUR Hedged constituíram os principais pilares das carteiras. “Estes instrumentos permitiram aos investidores capturar o crescimento robusto dos mercados acionistas globais e dos EUA, protegendo simultaneamente as suas carteiras da desfavorável volatilidade cambial”, explica o profissional.
No Top 5 do Banco Carregosa é ainda possível observar o refúgio nos clássicos com o aumento da volatilidade nas obrigações soberanas, em que os investidores voltaram-se para ativos tangíveis e yields atrativas. “O iShares Gold Producers UCITS destacou-se como uma proteção contra a inflação e incerteza, enquanto o iShares Markit iBoxx High Yield ofereceu rendimento num mercado de taxas de juro estabilizadas”, conclui João Queiroz.