ETF mais subscritos em abril: ETF sobre ações em grande destaque

Este último mês ficou marcado pelo início do calendário de apresentação de estimativas de resultados referentes ao primeiro trimestre deste ano. No mês de março, vimos que os metais preciosos se fortaleceram como porto de abrigo, agora chegou a altura de ver as tendências que se verificaram no mês de abril.

João Queiroz, head of trading do Banco Carregosa, começa por afirmar que “as empresas cíclicas e de crescimento como as tecnológicas reagiram de forma mais positiva ao facto de estarem próximas do final do ciclo de subidas de taxas de juros”, com um programa pouco agressivo de redução de ativos que teve de ser suspenso devido à descontinuidade das operações de bancos regionais nos EUA e na Suíça. Afirma também que “o impacto na concessão de crédito e no mecanismo de transmissão da política monetária não se afiguram sérios, com pontuais impactos em alguns perfis de risco”, mas poderá ter evitado a necessidade das autoridades monetárias serem futuramente mais agressivas.

Por sua vez, os preços das mercadorias, sobretudo das energias, que observaram um rápido pico no começo do mês, registaram uma lenta descida que ainda não deverá ter terminado, “estando mais associada a um processo de possível estagnação, ou possível abrandamento económico”.

Já as dívidas soberanas continuaram a recuperar depois do tortuoso ano de 2022, “com o dólar a ser mais pressionado na depreciação face à maioria das divisas”, acrescenta João Queiroz. O único ETF sobre obrigações presente no Top 10 desta entidade é o Vanguard Short-Term Treasury ETF.

Prospectivamente, os ativos de risco como as ações parecem continuar a valorizar procurando recuperar as perdas do ano transato, acompanhadas com mais elevados preços das obrigações, ouro e cryptos (bitcoin). No Top 10 do Banco Carregosa podemos encontrar dois ETF sobre o ouro e cryptos, o iShares Gold Producers UCITS ETF e o ProShares Bitcoin Strategy ETF, respetivamente.

Também segundo o head of trading do Banco Carregosa, “a liquidez elevada dos particulares e empresas decorrente das maiores poupanças criam almofadas para as extraordinárias subidas que pontuam na volatilidade”, acrescentando também que “com tão positivo desempenho e construtivas perspetivas nas ações as atuais maiores avaliações podem tornar o mês de maio mais volátil e sensível à perceção de risco”.

Por sua vez, Rui Castro Pacheco começa por destacar que no Top do Banco Best apenas podemos encontrar ETF sobre índices de ações. Começando pelos mais genéricos e globais, verificam-se duas presenças no Top, uma delas com enviesamento para o tema ESG, são eles o iShares Core MSCI World UCITS ETF e o Vanguard ESG Global All Cap UCITS ETF. “Podemos aqui incluir ainda, porque é um índice de ações globais, um tema bastante específico e ainda mais ESG, que é o tema da Economia Circular, com o ETF BNP Paribas Easy ECPI Circular Economy Leaders UCITS ETF”, afirma o responsável de Investimentos.

No mês de abril também é clara a preferência pelos dois grandes espaços económicos, os EUA e a Europa. Nos EUA, vemos sobretudo o S&P, com os iShares S&P 500 EUR Hedged UCITS ETF, o iShares Core S&P 500 UCITS ETF e o iShares Core S&P 500 ETF. Já na Europa, temos os iShares Core MSCI Europe UCITS ETF e Vanguard FTSE Developed Europe ex-UK UCITS ETF Distributing. “Ainda olhando para a Europa e juntando fatores setoriais, temos os temas das empresas com dividendos consistentes e as financeiras”, acrescenta Rui Castro Pacheco.

ETF mais subscritos em abril