Europa e China continuam em evidência nos fundos mais subscritos em agosto

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arief hasan, Flickr, Creative Commons

Ao longo do mês de agosto verificou-se o domínio de dois temas essenciais: a tensão entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos e a Conferência de Jackson Hole. Quem o diz é Bruno Pinhão, do ActivoBank, que acrescenta que tanto os EUA como a Coreia do Norte evidenciam um início de conflito a qualquer momento.

Por outro lado, o bom momento da economia europeia parece manter-se, “depois de terem sido revelados indicadores que evidenciam robustez e crescimento transversal a todas as economias europeias”, destaca o profissional. As eleições alemãs, por sua vez, “perspetivam uma reeleição de Angela Merkel, mantendo-se, assim, um pilar de estabilidade numa das principais economias europeias”.

Tendo em conta estes factores, Bruno Pinhão revela que os fundos com exposição à Europa, globais, China e tecnologia foram os mais procurados. No que diz respeito à China, o profissional revela que “a continuidade do bom momento da economia chinesa justificou a tomada de posições nesta classe de ativos”.

Do lado dos clientes do Banco Best, Rui Castro Pacheco, head of investment management, destaca a presença de três fundos de obrigações na lista dos mais subscritos do mês. “Para além do já conhecido fundo flexível gerido pela PIMCO, o fundo Income, registámos duas apostas em fundos High Yield de emitentes europeus sendo um gerido pela Nordea e o outro pela T. Rowe Price”, revela.

Relativamente aos produtos com um nível intermédio de risco, o profissional adianta que não se registaram novidades, mantendo-se os fundos do mês passado (Nordea Stable Return e o MFS Global Total Return), “que podem investir em qualquer tipo de ativo, mas sempre com um foco na preservação do capital dos seus investidores”.

As ações, por sua vez, parecem ser a classe de ativos mais preponderante (cinco produtos no top 10), mantendo-se a preferência pelas ações de empresas europeias. Os fundos em destaque são, assim, “o Oddo Avenir Europe, que prefere empresas de média capitalização que podem vir a crescer e a tornarem-se players de mercado, e o fundo MFS European Value, que prefere empresas com negócios mais estáveis e já bem implementadas no mercado”, adianta Rui Castro Pacheco.

Já nos fundos sectoriais, “os fundos mais ligados a tecnologias disruptivas têm vindo a fazer parte das preferências dos nossos clientes, sendo que este mês verificámos a preferência pelos setores da inteligência artificial, com o Allianz Global Artificial Inteligence, e da robótica, com o Pictet Robotics”. A China, por fim, surge nas preferências dos clientes do Banco Best – “algo que já não acontecia a algum tempo” – surgindo o Neuberger Berman China Equity, um fundo este que investe em ações de empresas chinesas, na lista dos mais subscritos.

Top 10 dos fundos internacionais mais subscritos de cada entidade em agosto

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Fonte: ActivoBank e Banco Best, agosto de 2017