Os clientes das plataformas que distribuem fundos de investimento estrangeiros apontaram baterias para os fundos de ações europeias em novembro. Porquê?
Registe-se em FundsPeople, a comunidade de mais de 200.000 profissionais do mundo da gestão de ativos e património. Desfrute de todos os nossos serviços exclusivos: newsletter matinal, alertas com notícias de última hora, biblioteca de revistas, especiais e livros.
Para aceder a este conteúdo
A Europa esteve efectivamente em destaque no mês de novembro. Não só em termos económicos, com os rumores de “alargamento de “quantative easing” por parte do BCE”, como lembra João Graça, do ActivoBank, mas também por questões políticas, com os ataques terroristas a ganharem forma no território. Contudo, no penúltimo mês de 2015 os fundos que investem no continente europeu foram os que mais sucesso fizeram entre os investidores das plataformas que distribuem fundos de investimento estrangeiros.
Europa a todo o gás
João Graça, do ActivoBank, escreve que na entidade, no período em análise, os clientes “optaram por continuar a reforçar as suas posições em fundos que consensualmente terão mais potencial nesta fase, ou seja, ações europa”. Assim no mês, voltaram a observar “o posicionamento dos investidores em fundos de investimento muito ligados à Europa que consideram ser a área com maior potencial nesta altura”.
No Banco Best, Rui Castro Pacheco, head of asset management, refere que em novembro, os fundos de ações se mantiveram como “os mais procurados, sendo mesmo uma tendência já com anos”. A este nível o destaque foi para os “fundos de ações europeias que aparecem com dois fundos especializados em pequenas e médias empresas, geridos pela MFS e JPMorgan, e dois fundos mais generalistas, geridos pela Jupiter e UBS”. Também o BiG dá conta da mesma tendência, com Isabel Soares, gestora de produto a realçar a presença “dos produtos com enfoque no segmento accionista”, sendo a região europeia a que “continua a liderar preferências”. A este nível a profissional realça que nesta classe de fundos “os investidores têm privilegiado produtos que possam incorporar posições long ou short e que tenham flexibilidade para ajustar a sua exposição efectiva ao mercado de acordo com a leitura que fazem do mesmo a cada momento. Exemplos disso são os fundos Schroder European Equity Alpha ou o Henderson Pan European Alpha”.
Restruturas carteiras antes do novo ano
Apesar desta tendência para os produtos europeus, no BiG novembro também foi um mês de novidades no âmbito dos fundos mais procurados. Isabel Soares realça que foi evidente que “muitos investidores aproveitaram para reestruturar as suas carteiras no decorrer do período”, existindo espaço para novidades, como o fundo PIMCO Global Investors Income. Justifica que “em linha com a nova alocação das carteiras Fund Advisor, muitos investidores procuraram o fundo privilegiando a sua flexibilidade (produto prevê a possibilidade de investir em diferentes compartimentos do segmento de rendimento fixo) e abordagem oportunística”.
Na lista de mais subscritos do Best o head of asset management da entidade deu ainda ênfase, no campo das obrigações, à preferência “pelo fundo com gestão flexível da Jupiter, o Dynamic Bond e numa componente de mercados emergentes, uma gestão também muito flexível da Pioneer, o Emerging Markets Bond”. Já nos fundos mistos “mantém-se a preferência pelo Stable Return da Nordea, um pouco mais conservador, e pelo Global Total Return da MFS, um pouco mais dinâmico”. No campo acionista, para além dos já referidos atrás, há ainda lugar para uma componente mais global como exemplares como o Invesco Global Structured que “aposta no mercado em geral”, e o BlackRock World Healthscience “especificamente no setor da saúde”.
No BiG existiu ainda espaço, também, para mais exemplares no campo das ações, mais concretamente sectoriais. Destaca-se o “Fidelity Technology (cujo universo de investimento contempla empresas que forneçam ou beneficiem significativamente de avanços e melhorias tecnológicas) e o Henderson Pan European Property (fundo associado ao sector imobiliário europeu)”.
Fundos estrangeiros mais subscritos em novembro
|
BiG |
ActivoBank |
Best |
1 |
PIMCO Global Investors Income Fund |
SISF Euro Liquidity B |
MFS® Meridian Funds - European Smaller Companies Fund Class A1 EUR Acc |
2 |
Schroders ISF European Equity Alpha |
MSS European Property B |
BlackRock Global Funds - World Healthscience Fund E2 USD EUR |
3 |
Invesco Funds - Euro Corporate Bond Fund |
SISF Euro Equity B |
The Jupiter Global Fund - Jupiter European Growth Class L EUR Acc |
4 |
Fidelity Global Multi Asset Income Dist |
Fidelity F Euro Balanced |
MFS® Meridian Funds - Global Total Return Fund Class A1 EUR Acc |
5 |
Henderson H PanEuropean Alpha |
BNY Mellon Small Cap Euroland Fund A |
Nordea-1 Stable Return Fund E EUR |
6 |
Invesco Euro Bond |
UBS (Lux) SF Growth (EUR) N Acc |
UBS (Lux) Equity SICAV - European Opportunity Unconstrained (EUR) P-acc |
7 |
Fidelity Funds-Technology Fund |
Parvest Bond Euro Government N |
The Jupiter Global Fund - Jupiter Dynamic Bond Class L EUR Q Inc |
8 |
Henderson H PanEuropean Property Equity |
Fidelity F Global Technology E |
Invesco Funds - Invesco Global Structured Equity Fund E |
9 |
Pioneer Funds Top European Players |
Invesco Global Bond Fund E |
JPMorgan Funds - Europe Dynamic Small Cap D (acc) (perf) - EU |
10 |
Jupiter European Growth |
SISF UK Equity B |
Pioneer Funds - Emerging Markets Bond C EUR ND |