Novas entidades a atuar no mercado português e outros movimentos de consolidação do negócio: recorde alguns dos principais acontecimentos deste ano.
Em 2017 a indústria de gestão de ativos nacional pode dizer-se que apresentou um dinamismo relativamente robusto. No que toca aos ativos sob gestão reunidos pelos OICVM nacionais, os dados da CMVM mostram que no final de setembro de 2017 o valor alcançado era de 11.936 milhões de euros. A indústria voltou portanto a valores próximos de meio de 2015, já que em maio desse ano os fundos nacionais geriam 12.117 milhões de euros. Mas há também uma ressalva importante a fazer: os ativos sob gestão têm vindo a crescer desde o verão de 2016, mas o número de produtos tem evoluído em rota contrária. As entidades têm optado por otimizar a sua gama de produtos, e no final de setembro contavam-se em Portugal 161 OICVM nacionais, menos 39 do que em maio de 2015.
O ano de 2017 ficou marcado por alguma reorganização nas entidades nacionais, mas também pela chegada de novos players ao mercado. Passamos hoje em revista alguns desses acontecimentos:
- Arcano entra em Portugal – a entidade espanhola independente de consultoria financeira entrou em Portugal poucos meses depois de ter começado o ano, e tinha como mote apostar “dentro da estratégia de crescimento do seu negócio de banca de investimento”. Da entidade fazem parte Jorge Tomé, Miguel Geraldes e Paulo Tenente.
- Santander compra Banco Popular – Em junho deste ano concretizou-se um negócio bancário com impacto na ibéria. A solução para a viabilidade do Banco Popular era protagonizada pelo Santander, que comprava a totalidade do capital social do Popular pelo preço de um euro. Ao que tudo indica, a gestão de ativos nacional do Popular será integrada no Santander.
- Arquia Banca abre escritórios em Portugal – Embora a entrada em Portugal só ganhe forma no início de 2018, em junho deste ano surgia a notícia de que o Arquia Banca iria estabelecer-se em Portugal. A entidade espanhola, anteriormente focada na classe profissional dos arquitetos, expandia assim o seu negócio para Portugal, naquele que referem ser o primeiro passo no sentido de uma expansão internacional.
- Novo Banco nas mãos do fundo Lone Star – a confirmação do negócio já anunciado surgiu em outubro. Depois de longos meses de negociações, o Banco de Portugal e o Fundo de Resolução concluíram a operação de venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star. O grupo passou a ser detido pela Lone Star e pelo Fundo de Resolução, com participações de 75% e de 25%, respetivamente.