Fevereiro com quebra significativa nos ativos em fundos mobiliários portugueses

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Fevereiro de 2022 é um mês que apanhou muita gente de surpresa. Não só observávamos já uma correção relevante de alguns setores no mercado de ações, como a inflação mais persistente do que o esperado fazia com que se desenhasse no horizonte políticas monetárias mais restritivas com o consequente impacto de curto prazo nos títulos de rendimento fixo. Em cima desta combinação, eclodiu uma guerra no leste da Europa, com toda a incerteza que isso representa.

O bolo dos fundos mobiliários de domicílio português não ficou imune à volatilidade e viu os seus ativos recuar de forma relevante no mês. Mais especificamente, o conjunto dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários (OICVM) e fundos de investimento alternativo (FIA) perdeu 561 milhões de euros, um valor que representa uma queda de 2,88%. Fecharam o mês nos 18,9 mil milhões de euros. Os OICVM foram mais penalizados, perdendo 2,9% no mês, enquanto os FIA viram o valor mensal sob gestão decrescer 0,1% para 327,7 milhões de euros.

Quotas de mercado

As duas sociedades gestoras líderes - Caixa Gestão de Ativos e IM Gestão de Ativos - foram as mais penalizadas em termos de variação de quota de mercado no mês de fevereiro. Também entre as maiores, a BPI Gestão de Ativos e Santander AM reforçaram a sua posição relativa, enquanto a da GNB Gestão de Ativos se manteve inalterada.

Atividade no mês

No mês deu-se a fusão por incorporação do fundo Montepio Euro Telcos no Montepio Acções Europa, ambos geridos pela Montepio Gestão de Activos.