Filipe Silva (Banco Carregosa): "Portugal continua a ser uma boa alternativa para os investidores de dívida pública"

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fortinbras, Flickr, Creative Commons

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP Foi bem sucedida esta quarta-feira na colocação de mais de 1.000 milhões de euros em Obrigações do Tesouro a 6 e a 10 anos.

Foram colocados 571 milhões de euros a 6 anos (vencimento em outubro de 2022) com uma taxa de 2,355% e uma procura que superou em 46% a oferta. Por seu lado, a 10 anos (vencimento em outubro de 2026), foram colocados 584 milhões de euros, com uma taxa de 3,093%, que compara com os 3,25% numa emissão com prazo equivalente em março deste ano. A procura foi de 1,49 vezes a oferta.

Para Filipe Silva, diretor da Gestão de Ativos do Banco Carregosa, os montantes colocados e as taxas não representaram uma surpresa, “apesar do Brexit, mas sobretudo da hipótese das sanções a Portugal por parte da EU”. Para o profissional, “o que se retira daqui é que Portugal continua a ser uma boa alternativa para os investidores de dívida pública, dado que os países com melhor rating que o nosso apresentam taxas negativas nos prazos longos”.