São oito fundos que investem nesta classe de ativos que resistem à turbulência do primeiro trimestre do ano. Veja quais.
Os primeiros três meses do ano foram marcados pela grande volatilidade que existiu nos mercados financeiros. A título de exemplo, o principal índice bolsista nacional – PSI20 – nos primeiros três meses de 2016 regista uma desvalorização de 5,5% enquanto a volatilidade, nesse mesmo período, foi de 27,3%.
Apesar de ser um ativo que atrai menos atenção do que as ações, as obrigações também são importantes e mexem com os mercados financeiros. Os fundos de obrigações foram dos mais rentáveis ao longo dos últimos anos, mas no passado mais recente houve uma quebra nas suas rendibilidades. De acordo com os dados publicados pela Morningstar, através da sua plataforma online, o fundo classificado como ‘fixed income’ que melhor rendibilidade regista nos primeiros três meses de 2016 é o Montepio Mercados Emergentes que é da responsabilidade da Montepio Gestão de Activos. Nesse período a rendibilidade do produto foi de 6,72% e no final de fevereiro o seu património ficava perto de um milhão de euros. Em termos de ativos em carteira, o maior investimento no final de fevereiro era realizado em dívida soberana brasileira.
Com 3,64% surge, logo depois, o Caixagest Obrigações Longo Prazo. Gerido pela Caixagest, o fundo tinha no final de fevereiro mais de 36 milhões de euros em património, com o investimento em dívida soberana italiana a dominar grande parte da carteira.
Acima de 2% de ganhos nos primeiros três meses de 2016 figura um fundo da BPI Gestão de Activos. Trata-se do BPI Alto Rendimento Alto Risco que no período em questão atinge uma valorização de 2,38%. No final de março o seu património superava os 10,5 milhões de euros, com a cerca de 90% da sua carteira a estar investida em obrigações.
Destaque, também, para dois produtos geridos pela IM Gestão de Ativos: o IMGA Global Bond Selection e ainda o IMGA Prestige Global Bond. São os restantes produtos da lista e registam, respetivamente, rendibilidade de 1,97% e 1,63%. O primeiro tinha em carteira, no final de março, mais de 3,61 milhões de euros com a dívida pública de países como Itália, Espanha ou Bélgica a dominarem as maiores posições em carteira. Já o segundo tem como principais posições em carteira investimentos noutros fundos da casa – o IMGA Rendimento Mensal e o IMGA Euro Taxa Variável – e totalizava, no final do mês passado, mais de 14 milhões de euros em volume sob gestão.
Os fundos fixed income com mais de 1% de ganhos em 2016
Fonte: Morningstar no final de março