Focos opostos nos fundos mais subscritos do mês de maio

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O mês de maio ficou marcado pela instabilidade política em Itália e Espanha, algo que impactou negativamente não só os juros soberanos, em especial dos países periféricos da Europa, mas também as bolsas europeias. Este é o resumo feito por Rui Olo, responsável da direção de marketing pelos produtos e investimentos do ActivoBank, referindo, ainda, que o sector da banca foi o mais castigado.

Tendo em conta este contexto, as preferências dos clientes da entidade pareceram ter recaído sobre fundos cujo foco são o continente americano e asiático. Relativamente aos Estados Unidos, “a performance positiva em Wall Street foi sustentada pela conclusão de uma época de apresentação de contas que, na globalidade, superou as expectativas”, explica o profissional. Quanto aos fundos mais subscritos, Rui Olo destaca a presença, “sem surpresa”, dos fundos estratégicos da UBS “nos perfis mais agressivos”, e também da presença habitual dos fundos que investem no sector tecnológico.

Ações europeias e globais

Quanto aos clientes do Banco Best, estes continuam a dar primazia aos fundos de ações. Rui Castro Pacheco, diretor adjunto de investimentos da entidade, refere que “as preferências voltaram a ser bastante dinâmicas, com apenas um fundo a não ser um fundo de ações”.

Assim, o fundo mais conservador que atraiu mais interesse foi o M&G Optimal Income, “que é um fundo misto com grande componente de proteção de capital e uma exposição a ações muito conservadora, e que tem conseguido dar uma resposta equilibrada no atual contexto de mercado mais volátil”, refere.

Do lado dos restantes produtos, o mais escolhido pelos clientes do Banco Best foi o Morgan Stanley Global Opportunity, cuja “escolha das melhores oportunidades de investimento a nível global e sectorial” está a cargo da equipa de gestão.

No que diz respeito a regiões, a Europa voltou a estar entre as preferências, contando com a presença dos fundos Oddo BHF Avenir Europe, Schroder European Equity Yield e Jupiter European Growth. Com abordagens bastante distintas, o fundo da Oddo “prefere empresas de menor dimensão e que podem vir a tornar-se players nas suas áreas”, enquanto que o produto da Schroders “procura empresas de maior dimensão e bom cash flow que lhes permita distribuir um dividendo consistente”, revela Rui Castro Pacheco. Quanto ao veículo de investimento da Jupiter, o seu foco são “empresas de estilo Growth, ou seja, com maiores taxas de crescimento do nível de negócio”. A Indonésia também marcou presença entre os produtos mais subscritos, com um fundo da responsabilidade da Fidelity que investe nas principais empresas deste país.

Por último, a nível sectorial o destaque vai novamente, e em exclusivo, para o sector tecnológico. Na lista figuram, assim, não só produtos mais generalistas, como o Franklin Technology e o BlackRock World Technology, mas também produtos focados em segmentos mais específicos, como é o caso do Allianz Global Artificial Intelligence, “que procura empresas a desenvolver projetos ligados à Inteligência Artificial, e do Pictet Robotics, “que procura empresas que estejam a investir em soluções industriais e individuais de robótica”.

Fundos mais subscritos em maio pelos clientes do ActivoBank e do Banco Best

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