O fundo realocou uma parte significativa da sua liquidez ao investimento na classe de ativos que mais contribuiu para a rentabilidade de 2020.
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O regime complementar de adesão individual e voluntária que se traduz no Fundo dos Certificados de Reforma, permite que quem adere efetue contribuições adicionais ao longo da vida ativa, capitalizados em unidades de participação do fundo, designadas certificados de reforma.
Como no caso de um fundo de pensões, o valor acumulado só pode ser resgatado no momento em que se verifiquem as condições de aquisição do direito à pensão ou aposentação por velhice ou por invalidez absoluta.
Os ativos são divididos em duas carteiras autónomas, uma destinada à fase de acumulação e a outra à fase de utilização, sendo que a primeira é destinada “à maximização do valor capitalizado das contribuições dos aderentes”, com uma minimização de custos, segundo dados disponíveis no website da Segurança Social.
O fundo é gerido pelo Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (IGFSS) e atingia, a 31 de dezembro de 2020, um valor de 53,07 milhões de euros geridos na carteira de acumulação, um crescimento de 8,2% face ao final do ano anterior.
Precisamente sobre a carteira de acumulação, o IGFSS comenta que “durante o ano de 2020, a carteira do Fundo dos Certificados de Reforma manteve-se maioritariamente investida em euros, com uma alocação significativa à componente de dívida governamental alemã de maturidade entre 1 e 10 anos, a espelhar a carteira de referência estratégica de gestão. Adicionalmente, a componente de títulos representativos de dívida pública portuguesa manteve-se próxima do limite mínimo regulamentar de 25%. A restante componente da carteira esteve afeta a outras classes de ativos, como ações (com uma alocação dentro do limite máximo regulamentar de 25%) e outra dívida pública, centradas nas zonas geográficas mais representativas dos mercados desenvolvidos (Europa, EUA e Japão).”
Na prática, observamos que o peso das ações na carteira do fundo aumentou significativamente, dos 16,3% em 2019 para os 20,43% no final de 2020. Para alimentar este movimento de alocação, a entidade gestora recorreu à liquidez, rubrica que passou de representar 11,04% da carteira para 6,23% em 2020.
A rentabilidade da carteira do fixou-se nos 2.79%, registando um “excess return” de cerca de 2% face ao benchmark. “Este desempenho absoluto e relativo foi determinado pelo comportamento positivo das componentes de ações e outra dívida”.