Fundos de ações nacionais lideram os mais rentáveis no mês de maio

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Martin Lopatka, Flickr, Creative Commons

Conforme demos conta, desde o início do ano que os fundos de ações nacionais parecem estar a ter um bom desempenho, chegando mesmo a bater o principal índice acionista nacional. As rentabilidades do mês de maio parecem confirmar essa tendência, uma vez que o conjunto de cinco produtos mais rentáveis investe no mercado acionista português.

Entre os 19 produtos que superaram a barreira dos 2% de rentabilidade, sete produtos que investem em ações portuguesas bateram o PSI-20, que registou um crescimento de 5,1% em maio. 

Outra tendência que parece manter-se é a presença maioritária de fundos de ações entre os produtos mais rentáveis, essencialmente produtos que investem em ações europeias.

Desta forma, com uma rentabilidade de 9,93%, o produto mais rentável no mês de maio é o NB Portugal Ações, cuja responsabilidade é da GNB Gestão de Ativos. Pedro Barata, gestor do fundo, destacava, na ficha de abril, o bom desempenho de empresas como a Mota Engil e o BCP, afirmando que o mês de abril “foi um mês positivo para o mercado acionista português, tendo valorizado 0,52%”. O momento positivo parece manter-se, o que se traduz na elevada rentabilidade do fundo no mês de maio.

Imediatamente a seguir surge o Santander Acções Portugal, que registou uma rentabilidade de 8,78%. O produto gerido por Dolores Solana apresentava como maiores posições no mês de abril empresas como o BCP, Galp Energia e Navigator.

O top 3 do mês de maio encerra com um outro produto da responsabilidade da Santander Asset Management, o Santander PPA, com uma rentabilidade de 8,50%. À semelhança do produto anterior, o Santander PPA investe no mercado acionista nacional, apesar de ter um formato diferente: é um Fundo de Investimento Aberto de Poupança Ações.

Por fim, destaque para os fundos IMGA Ações Portugal e BPI Portugal, cuja rentabilidade foi de 7,79% e de 6,90%, respetivamente. Ambos os fundos pertencem à categoria Equity e, tal como os produtos já referidos, ambos investem em ações nacionais. O produto da IM Gestão de Ativos apresentava como sectores em destaque o de consumo não-cíclico e o de materiais, que juntos representavam mais de 50% do total de exposição sectorial do produto. Por outro lado, os sectores em destaque na carteira do fundo gerido pela BPI Gestão de Activos, segundo a ficha de abril, eram as matérias-primas e o consumo não-cíclico, que representavam 23,3% e 16%, respetivamente.

Fundos mais rentáveis do mês de maio, com rentabilidade superior a 2%

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Fonte: Morningstar, 31 de maio de 2017