Os ativos que compõe os fundos de pensões nacionais

Governance Board Room Sala reunioes fundos de investimento gestao de ativos etf pensoes

O relatório trimestral denominado de Composição dos ativos, lançado pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), dá conta das diferentes classes de ativos e tipologias de instrumento às quais está alocado o agregado dos ativos sob gestão dos fundos de pensões abertos nacionais.

Desde o ano final de 2022, os ativos totais sob gestão caíram mais de 16,50%. A final do terceiro trimestre de 2023, este valor correspondia a 17.803 milhões de euros, uma queda de aproximadamente 3.500 milhões de euros. Recorde-se que grande parte da queda, aproximadamente 3.000 milhões de euros, pode ser explicada pela transferência de um fundo de pensões fechado da Caixa Geral de Depósitos para a a Caixa Geral de Aposentações, que ocorreu durante o primeiro trimestre de 2023. Como podemos ver na tabela seguinte, a queda repercurtiu-se em todas as classes de ativos.

Composição dos ativos dos fundos de pensões

A maior queda em termos absolutos deu-se, precisamente, nos fundos de investimento. A classe representa agora cerca de 6.670 milhões de euros, uma queda de mais de 1.200 milhões de euros (ou 15,36%) face a final do ano anterior. Apesar da queda, os fundos de investimento mantém-se como o tipo de instrumento mais utilizado para gerir as carteiras dos fundos de pensões, representando 37,47% do total dos ativos sob gestão dos fundos de pensões nacionais. Para saber mais sobre os fundos e ETF que mais ativos captam do bolo de ativos sob gestão dos fundos de pensões abertos pode visitar o Insights Portugal.

Em segundo lugar, a categoria que mais caiu em termos absolutos foi as obrigações corporativas, ou obrigações de entidades privadas. Esta categoria de investimento viu os seus totais investidos reduzir cerca de 1.100 milhões de euros. Em terceiro lugar surge a liquidez da carteira, passando de 782 milhões de euros para aproximadamente 284 milhões de euros.

Por fim, importa ainda destacar que o investimento em imobiliário também sofreu com a redução do total dos ativos sob gestão dos fundos de pensões nacionais. Esta categoria de investimento caiu cerca de 377 milhões de euros, ou 20,40%.