Fundos de investimento ganham avanço nas opções favoritas dos investidores portugueses

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Mais de dois quintos dos investidores globais (43%) tencionam aumentar o valor total de investimento nos próximos 12 meses. A conclusão é do Schroders Global Investment Trends Report 2014, elaborado pela Schroders, que realizou um inquérito a mais de 15.500 investidores, distribuídos por 23 países na Europa, Ásia e Estados Unidos da América com o objetivo de conhecer as tendências e opiniões dos investidores a nível global. 

Também as respostas dos portugueses se enquadram na mesma lógica do universo de investidores globais. 47% dos investidores nacionais tencionam portanto investir mais durante o próximo ano. Quando comparado com o ano anterior, verifica-se que houve um aumento de 10% relativamente ao montante a investir em 2014. 

Portugueses mais conservadores 

Ainda a nível nacional importa salientar também que 85% dos inquiridos portugueses possui uma conta poupança, em linha com a média global e europeia (ambas 86%) e apenas 26% está a investir em fundos (contra 50% da média global e 49% da média europeia). A atitude mais conservadora dos investidores portugueses denota-se quando a pergunta é “qual a opção de investimento que consideram ser a mais importante para este ano”. Embora 50% dos questionados opte pelos depósitos bancários, a opção fundos de investimento não é descurada, compondo 43% das preferências. 

Fundos  de investimento ganham na opção rendimentos 

Ainda assim, quando o assunto é a melhor opção para obter rendimentos, os fundos de investimento ganham avanço e figuram no primeiro lugar com 33% das respostas, deixando para trás as restantes opções mais tradicionais, tais como os depósitos, o imobiliário, as obrigações e as ações (respetivamente 23%, 16%, 14% e 11%).  Independentemente do veículo de investimento, os portugueses continuam a ser cautelosos quando comparados com outros investidores a nível global. Nos investimentos a realizar em 2014, os investidores portugueses preferem separar os investimentos em ativos de baixo risco (62%), médio risco (24%) e risco elevado (14%). 

Estabilidade e retorno: os objectivos

No que diz respeito à meta de investimento dos portugueses inquiridos neste estudo, a estabilidade e o retorno absoluto são os principais objectivos de investimento com um resultado de, respetivamente, 8,1 e 8,0 numa escala de 0 a 10. O crescimento de capital e a flexibilidade ocupam as opções seguintes de preferência, com 7,8 e 7,6 em 10, o que reflete a opção dos investidores nacionais de selecionar ativos de baixo risco nos seus planos de investimento.
 
Outra das conclusões do estudo prende-se com o aconselhamento financeiro. Verifica-se que 48% dos investidores portugueses opta por aconselhamento profissional e outros 48% por fazer a sua  própria avaliação e análise dos cenários de investimento como os fatores mais importantes para as decisões de investimento. 

Carla Bergareche, country head para Espanha e Portugal afirma que “a análise do Schroders Global Investment Trends 2014 mostra que os investidores portugueses tencionam aumentar o montante a investir este ano, um aumento de 10% face ao ano anterior, mas mantêm-se cautelosos quanto à opção de investimento, continuando a preferir produtos com um perfil de baixo risco em detrimento de ativos de risco elevado. Estamos satisfeitos por comprovar que os fundos de investimento estão a ganhar posição face a outras opções tradicionais, assim como a confiança depositada pelos investidores no aconselhamento profissional, algo que na Schroders apoiamos firmemente.”