O panorama dos fundos de obrigações domiciliados no Luxemburgo

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Naroh, Flickr Creative Commons

A decisão das gestoras nacionais domiciliarem fundos no Luxemburgo não é nova. No espectro das obrigações, como visível na tabela abaixo, o Grupo Novo Banco é o mais expressivo, contando com três fundos com residência nesta praça financeira.

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Fonte: Morningstar Direct, final de junho

O mais do que conhecido NB Euro Bond, a cargo de Vasco Teles, é quase que a coqueluxe da entidade no Luxemburgo, e entrega nos primeiros seis meses do ano um retorno de 8,75%. Neste universo de análise é mesmo o fundo mais robusto em termos de AuM: 171,3 milhões de euros. Recorde-se que na última edição dos prémios da APFIPP o produto arrecadou o galardão de Melhor fundo na categoria “Outros fundos de obrigações”. A gama da GNB - International Management no Luxemburgo fica completa nesta classe de ativos com outros dois produtos: o  NB Corporate Euro A (anteriormente designado de NB Global Enhancement) e o NB Opportunity Fund.

Desde 2017 que o Haitong Bank apresenta também com morada luxemburguesa um produto que se insere nesta classe de ativos, mas com um enfoque menos habitual: a China. Trata-se do Haitong China High Income Fund, produto que conta já com mais de 17 milhões de euros de ativos sob gestão. Numa recente entrevista à FP, Fernando Castro Solla, responsável da gestão de ativos da entidade, falava do racional deste fundo de investimento

A marca BPI aparece representada no segmento de fixed income com um produto: o BPI GIF High Income Bond I, que arrecada desde o início do ano uma rentabilidade muito próxima de 7%. Nas maiores posições em carteira, segundo a página online da Morningstar, estão emissões de empresas como a Ferrovial ou a Wind Tre. Em seis meses deste ano o produto entrega 6,93% de retorno.

O Eurobic, com a gestão entregue à Nevastar Finance, junta a esta lista o fundo Eurobic Obrigações Global. Os resultados este ano traduzem-se num retorno de 5,69%, neste que é um produto cuja moeda base é o dólar. Na ficha online disponibilizada pela entidade em maio, o sector financeiro aparecia em destaque, compondo mais de 37% da alocação da carteira.