Fundos mais subscritos: ações voltam a destacar-se em outubro

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O mês de outubro ficou marcado por vários episódios que deixaram o seu cunho nos mercados quer pela positiva quer pela negativa: os índices S&P 500 e Nasdaq 100 voltarem a atingir máximos históricos; os EUA e a China retomaram as negociações, o que deu um novo alento aos investidores; a Fed voltou a baixar as taxas; o Brexit voltou a ser adiado; o arrefecimento na atividade global levou o FMI a cortar para 3% a sua previsão do crescimento global em 2019; entre outros.

“Neste enquadramento de mercado, os clientes do ActivoBank fizeram várias interpretações, e quanto a subscrições, as escolhas foram bastante diversificadas, passando por soluções mais conservadoras, muitas delas por fundos de obrigações”, conta Bruno Pinhão, gestor de Produto - Investimentos da entidade.

Houve ainda espaço para preferências do setor acionista com detalhada exposição nos mercados emergentes e asiáticos. “Uma vez que se coloca em perspetiva uma resolução da Guerra Comercial entre China e EUA, levando os clientes a optar por tomar posição e beneficiar deste evento”, conta Bruno Pinhão.

Do lado do Banco Carregosa, Tiago Gaspar, responsável pela Análise e Seleção de Fundos da entidade, conta que os clientes “têm continuado a preferir fundos específicos de ações que possam ser mais resilientes numa fase de maior incerteza: setor da saúde, estratégias com políticas de investimento mais conservadoras e ainda preferência pelo estilo growth”. Nas palavras do profissional os fundos de obrigações são os que continuam a captar a maior parte do capital, isto quando se tem em consideração uma leitura mais abrangente de dados do que o top 10. “Temos observado um crescimento sustentado dos ativos alocados a fundos de obrigações europeias e globais”, conclui o especialista.

No top 10 de preferências dos clientes do Banco Best, além dos pesos pesados que mês após mês marcam presença no ranking, como o Acatis Gané Value Event e o PIMCO Income, há caras novas, como o Eurizon Eurizon Bond JPY LTE. Rui Castro Pacheco, diretor adjunto da entidade, justifica esta presença com a eventual procura por um ativo de refúgio ou proteção, “já que o iene é tradicionalmente uma moeda que se porta relativamente bem em mercados mais voláteis”.

Outra novidade é o Managed Index Portfolios Moderate, gerido pela BlackRock. “Este fundo multi-ativos com perfil de risco moderado, tem as suas decisões de asset allocation resultantes do enquadramento feito pela maior gestora de ativos do mundo e espelha essas decisões ao investir em ETFs, o que resulta num veículo de investimento muito atrativo ao nível da comissão de gestão”, explica o profissional.

Os fundos de ações voltam a dominar as escolhas dos investidores do Banco Best com especial incidência na Europa, com o MFS European Value, e na Turquia, com o BNP Paribas Turkey Equity, “eventualmente por investidores a confiarem na recuperação deste último mercado”, revela. Os temas da água e dos metais preciosos também se mantêm entre os favoritos.

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