Fundos mais subscritos em fevereiro: fundos de obrigações ocupam o Top 10

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Créditos: Tangerine Newt (Unsplash)

O mês de fevereiro mostra a entrada dos fundos de obrigações nos Top 10 dos fundos mais subscritos do Banco Best e do Banco Carregosa. Veremos mais detalhadamente como se compõe estes rankings e que tendências se verificam.

O Top 10 dos fundos mais subscritos do Banco Best continua a ser dominado pelas ações (com oito presenças), mas o mês de fevereiro apresentou uma novidade com a entrada de um fundo de obrigações, o GNB Obrigações 2026. Segundo Rui Castro Pacheco, este é “um fundo com maturidade definida e que permite ter uma ideia do retorno que vamos obter até à maturidade do mesmo, em função da yield das obrigações que estão na carteira”.

O outro fundo presente no Top 10 que não pertence à categoria de ações, é, mais uma vez, o Property Core Real Estate Fund. No caso dos oito fundos de ações, o diretor de Investimentos afirma observarem “a manutenção da procura por dois fundos índice, preferência por um índice de ações globais e por um índice de ações americanas”.

Nos fundos de gestão ativa, é possível identificar uma preferência pelo tema das commodities, com os fundos Schroder International Selection Fund Global Energy, virado para as empresas que atuam no setor da energia, e Invesco Funds - Invesco Gold & Special Minerals Fund, virado para as empresas que atuam no setor dos metais industriais e preciosos. “Também o tema da tecnologia conseguiu ter dois fundos no Top, com os fundos JPMorgan Funds - US Technology Fund e BlackRock Global Funds - World Technology Fund”, acrescenta.

Há também duas abordagens mais temáticas: o Schroder International Selection Fund Changing Lifestyles, que procura investir em empresas que tentam aproveitar as alterações nos padrões de vida; e o Morgan Stanley Investment Funds - US Growth Fund, que procura investir em empresas americanas com um estilo de crescimento ou growth.

Tiago Gaspar, do Banco Carregosa, afirma que “no mês de fevereiro se observou um aumento do fluxo de subscrições e resgates – com net inflow”, uma vez que o momento de menor aversão ao risco de janeiro possa ter contribuído para um sentimento mais favorável para as ações e especialmente para as obrigações.

“De facto, fevereiro foi um dos raros meses em que no Top 10, metade são fundos de obrigações. O fundo de imobiliário direto continua presente, tendo retomado a primeira posição”, acrescenta o profissional.

Fundos mais subscritos em fevereiro

Banco BestRating FundsPeopleBanco CarregosaRating FundsPeople
Schroder International Selection Fund Global EnergyFundo VIP
Property Core Real Estate FundBGF EURO Bond
Invesco Funds - Invesco Gold & Special Minerals FundPIMCO Global Bond
Schroder International Selection Fund Changing LifestylesMSS Global BrandsFP
Fidelity MSCI World Index FundMSS Euro Strategic Bond
Fidelity S&P 500 Index FundPIMCO Income
GNB Obrigações 2026JPM Korea Equity 
JPMorgan Funds - US Technology FundFPSchroder ISF US Dollar Bond
BlackRock Global Funds - World Technology FundFPBGF Continental European FlexibleFP
Morgan Stanley Investment Funds - US Growth FundNordea 1 Global Climate And EnvironmentFP+
Fonte: Informação fornecida pelas entidades

Fundos resgatados

No campo dos fundos mais resgatados, do lado do Banco Best, verificaram este mês alguma incidência em fundos multiativos, um deles mais genérico e global e outro mais dedicado aos mercados emergentes. “Tendo o ano passado sido um ano difícil para este tipo de fundos, já que tanto as componentes de obrigações como de ações tiveram um desempenho genericamente negativo, podemos estar a assistir a alguma realocação dos investimentos dos investidores, quer para outros fundos multiativos que tenham conseguido proteger melhor o património em gestão, quer para alguns segmentos de dívida ou crédito, que neste momento começam a ter níveis de yield atrativos”, afirma Rui Castro Pacheco.

Por sua vez, Tiago Gaspar verificou que nos fundos mais resgatados há muitos temáticos. “A leitura que faço colocando as subscrições e resgates em perspetiva é que os investidores voltaram a subscrever fundos, mas concentrando mais em posições nucleares para a construção dos seus portfólios e menos em satélites/temas”, conclui.