Como todos os anos, a FundsPeople levou a cabo um inquérito entre os responsáveis máximos das gestoras internacionais para saber, de toda a gama que comercializam as suas entidades, qual será o fundo multiativo que representa a sua grande aposta para 2021. Seguindo uma ordem alfabética (em função do nome da entidade), desvendamos as suas respostas.
Álvaro Antón Luna: Aberdeen Standard SICAV I – Diversified Growth Fund e Aberdeen Standard SICAV I- Diversified Income Fund
Dentro do segmento multiativo, Álvaro Antón Luna, responsável pelo mercado português da Aberdeen SI, pensa que “uma abordagem como a dos fundos Aberdeen Standard SICAV I – Diversified Growth Fund e Aberdeen Standard SICAV I- Diversified Income Fund, que não está restringida, fornece ao gestor uma ampla flexibilidade no momento de procurar oportunidades de crescimento numa ampla gama de ativos que inclui tanto ações como obrigações ou imobiliário, assim como um leque de investimentos alternativos como infraestruturas, empréstimos, ABS, estratégias de retorno absoluto, valores vinculados a seguros, etc”. “O gestor tem um bom histórico de investimento nestas classes de ativos e pode aceder a muitas classes de alternativos de forma líquida, o que permite ao fundo proporcionar liquidez diária aos investidores. Neste sentido, identificar que ativos não tradicionais oferecem um potencial a longo prazo com níveis aceitáveis de risco requer experiência, bom senso e vastos recursos. Os maiores investidores institucionais do mundo já investem neste ativos. Agora as instituições mais pequenas podem fazê-lo através destes fundos”, conta.
Romualdo Trancho: Allianz Dynamic Multi Asset Strategy SRI
"Hoje, mais do que nunca, convém diversificar e procurar ativos além daqueles que compõem habitualmente a nossa carteira de investimentos. Os mercados têm estado a operar em território inexplorado, com as decisões dos bancos centrais e a incerteza política a modificarem as referências tradicionais e a propiciarem novas abordagens ao investimento", refere Romualdo Trancho, diretor de desenvolvimento de negócio em Portugal e Espanha. Para o profissional da Allianz GI, "os fundos Allianz Dynamic Multi Asset Strategy SRI são a solução financeira ideal para os tempos que vivemos de mercados em desenvolvimento contínuo. Obtendo bons resultados graças à diversificação cuidadosa das suas carteiras de multiativos, que combinam ações globais e obrigações da zona euro, estes investimentos podem ir desde obrigações indexadas e inflação até obrigações de alto rendimento (high-yield), mercados emergentes (com obrigações e ações) ou alternativos. No caso específico do Allianz Dynamic Multi Asset Strategy SRI 50, o objetivo do fundo é obter um rendimento a médio prazo comparável ao rendimento de uma carteira composta por 50% de ações globais e 50% de obrigações denominadas em euros".
Marta Marín: Amundi Funds Global Multi Asset Consevative
Tal e como sublinha a diretora-geral da Amundi, “o Amundi Funds Global Multi Asset Consevative, classificado com cinco estrelas Morningstar, oferece uma alternativa multiativa conservadora às obrigações através de uma alocação flexível a diferentes segmentos de obrigações e uma participação de até 30% em ações. Esta solução multiativa de baixa volatilidade permite mitigar as quedas derivadas de um maior risco em obrigações e uma maior volatilidade entre classes de ativos. Para o conseguir realiza uma gestão ativa dos riscos de duração, liquidez e de crédito. A filosofia de investimento multiativo da Amundi baseia-se na diversificação efetiva implementada através de um processo de investimento disciplinado de quatro pilares: estratégia macro, cobertura macro de orçamentação de riscos própria para alocar e gerir ativamente o risco”, destaca Marta Marín.
Beatriz Barros de Lis: AXA WF Global Flexible Property
A eleição da diretora-geral da AXA IM para Portugal e Espanha, Beatriz Barros de Lis, é o AXA WF Global Flexible Property, um fundo que “apresenta uma solução para todos os investidores que procuram exposição ao setor imobiliário, como via de diversificação da carteira, mas que também não querem renunciar a liquidez. Através deste fundo, os participantes obtêm uma exposição fácil aos maiores mercados imobiliários do mundo, com a vantagem de poder aceder ao seu investimento em todos os momentos. A estratégia aplica uma abordagem 360 graus, cobrindo todo o espectro de investimentos imobiliário: ações cotadas emitidas por sociedades de investimento imobiliário e obrigações emitidas por sociedades de investimento imobiliário, esta abordagem permite reduzir a volatilidade do mercado. Além disso, é diversificada entre ações, obrigações e ativos subjacentes”.
Aitor Jauregui: BGF ESG Multi Asset
O produto selecionado pelo responsável da BlackRock para Portugal, Espanha e Andorra é o BGF ESG Multi Asset, “um fundo global multiativo gerido por Jason Byrim e Conan McKenzie que procura maximizar o rendimento total enquanto emprega uma abordagem única incorporando através de exclusões, seleção de empresas best in class (só valores rating MSCI acima de BBB) e investimento temático. Com um sólido track record, a equipa centra-se em determinar uma visão macro do mundo que se reflete na alocação de ativos". "A seleção de valores é delegada por classe de ativos a especialistas dentro da BlackRock, conforme necessário. A equipa de investimento também constitui baskets temáticos de valores para refletir temas de investimento específicos. Além disso, gere taticamente o perfil de risco da carteira para refletir o seu apetite por risco numa variedade de condições de mercado, quer seja agregando ou reduzindo o risco através da incorporação de alfa ou estratégias de gestão de riscos”, refere Aitor Jauregui.
Sasha Evers: BNY Mellon Global Real Return Euro
O fundo é gerido pela Newton, parte da BNY Mellon IM. Tal como explica o diretor-geral da gestora para a Península Ibérica e América Latina, “o BNY Mellon Global Real Return Euro trata-se de um fundo multiativo global e flexível que investe numa grande variedade de ativos, como ações, obrigações, matérias-primas, alternativos e liquidez. Além disso, a equipa de investimento pode utilizar instrumentos de cobertura fáceis para reduzir o risco da carteira". "O objetivo do fundo é gerar uma rentabilidade euribor +4% em termos anualizados ao longo de um ciclo económico completo e preservar o capital durante os períodos de volatilidade do mercado. A estratégia foi concebida para se adaptar a distintas condições de mercado ao longo de um ciclo económico completo. Não obstante, a capacidade de aproveitar as anomalias de preços entre diferentes classes de ativos e de cobrir os riscos de mercado torna-se particularmente útil em mercados voláteis”, conta Sasha Evers.
Mario González e Álvaro Fernández: Capital Group Global Allocation
Os corresponsáveis de desenvolvimento de negócio da Capital Group para a Península Ibérica selecionaram o Capital Group Global Allocation, um produto que “beneficia dos 45 anos de experiência da casa nesta classe de ativos onde conta com mais de 400.000 milhões de dólares em ativos. O fundo é um misto conservador, moderado, que investe em ações globais, obrigações globais e liquidez com limites de investimento claros e bem definidos. Em ações investe primordialmente em empresas globais, defensivas, de qualidade e com um compromisso estável no pagamento de dividendos. O braço de obrigações é também muito conservador, investindo principalmente em obrigações de investment grade (destacamos o limite de 5% em high yield). O fundo é Gold Morningstar (só há dois entre os mais de 300 da sua categoria) e está no primeiro quartil de rentabilidade a um, três e cinco anos”, contam Mario González e Álvaro Fernández.
Rubén García Páez: Threadneedle (Lux) Global Multi Asset Income
A eleição de Rubén García Páez é o Threadneedle (Lux) Global Multi Asset Income, um fundo que procura gerar rendimentos mediante a alocação ativa entre três fontes de rendimentos diversificadas: ações, obrigações e uma estratégia das denominadas com cobertura. “É animador que o rendimento médio conseguido pelas três fontes tenha sido exatamente o mesmo desde o início do fundo, mas, como seria de esperar de uma estratégia ativa, cada fonte aumentou em diferentes momentos. Em termos de volatilidade, o fundo procurar gerar rendimentos ajustados ao risco mediante a alocação dinâmica entre ações de high yield e ativos de rendimento fixo. Existe um forte foco na qualidade em toda a carteira, já que procuramos controlar a volatilidade da carteira e preservar o capital dos nossos clientes. Por exemplo, nas ações, investimentos em empresas que não só pagam um dividendo sólido, mas têm lucros e dividendos a aumentar, que utilizam uma alavancagem limitada e cuja cobertura de dividendos é sólida”, explica o responsável da Columbia Threadneedle para a Península Ibérica e América Latina.
Mariano Arenillas: DWS Concept Kaldemorgen
“Se funciona, não mude”, defende o responsável da DWS para a Península Ibérica. “Em 2021 repetimos a nossa aposta multiativa de risco moderado DWS Concept Kaldemorgen. Já são mais de 10 anos de história de sucesso em diferentes contextos. A crise da COVID-19 representou um grande desafio para todos os gestores flexíveis, o aumento da volatilidade, a iliquidez de alguns ativos em conjunto com a falta de rentabilidade em obrigações puseram em questão muitas carteiras. A equipa gestora deste fundo voltou a demonstrar a sua vasta experiência ao aguentar apostas, mudar outras apostas e introduzindo algumas novas em função da sua leitura do atual mercado. Acreditamos na expressão “quem aguenta, ganha”, e pensamos que este fundo multiativo nos vai permitir navegar 2021 sem deixar de estar investido, seja o que for que o ano nos traga, já que por trás deste produto se encontra uma equipa de nove especialistas que procuram a melhor combinação de ativos possível com uma volatilidade abaixo dos 10%”, conta Mariano Arenillas.
Sebastián Velasco: FF Global Multi Asset Income Fund
Se tivesse de ficar com um fundo misto para 2021 de toda a gama que comercializa a Fidelity International, Sebastián Velasco escolheria o FF Global Multi Asset Income, um fundo que investe em todo o tipo de ativos geradores de rendimento a nível mundial, de forma muito flexível e baseando na análise do panorama económico global em cada momento, e sempre com o foco posto na preservação do capital. “Os gestores mantêm uma preferência pelos ativos de obrigações como a high yield, que contam com o apoio explícito dos bancos centrais e cujas valorizações não avançaram na mesma medida, ou como as obrigações do governo chinês, um ativo defensivo que oferece um significativo aumento do rendimento em comparação com outros mercados de obrigações soberanas. São mais cautelosos com as ações, ainda que é provável que a evolução na frente da vacina contra a COVID e a continuação da política monetária e fiscal proporcionem apoio aos mercados de valores”, indica o diretor-geral da gestora para Portugal e Espanha.
Begoña Gómez: Invesco Asia Allocation Fund
A responsável de Vendas da Invesco para Portugal, sublinha que a Ásia foi a zona que mais rápido e melhor se recuperou do impacto da pandemia de COVID-19. “A região está a recuperar rapidamente os níveis económicos prévios à crise e sai reforçada como destino prioritário de investimento. Além disso, conta a seu favor com uma subponderação evidente nas carteiras com respeito à sua importância económica e nos mercados a nível global. A nossa aposta para esta região é o Invesco Asia Allocation, um fundo misto que investe em obrigações e ações da Ásia-Pacífico (ex-Japão) com um mandato de investimento muito flexível, que lhe permite à equipa gestora mudar o seu posicionamento em função das condições do mercado e as suas expectativas. O fundo permite ter exposição à Ásia com uma adequada diversificação e um rigoroso controlo de riscos”, conta Begoña Gómez.
Martina Álvarez: Janus Henderson Balanced
Segundo Martina Álvarez, diretora de Vendas da Janus Henderson para a Península Ibérica, os Estados Unidos são o centro de inovação por excelência e é importante continuar a diversificar as carteiras da principal economia mundial. “Com a sua história de mais de 20 anos, o Janus Henderson Balanced permite aceder a todas as oportunidades da região como são: desenvolvimento em nuvem, digitalização de pagamentos ou consumo. A estratégia investe principalmente nos Estados Unidos e tem uma alocação dinâmica entre ações (35-65%) e obrigações (35-65%). A gestão da carteira de obrigações destaca-se pelo seu carácter defensivo e de preservação de capital. De facto, é essa proteção nas fortes quedas de mercado o que está a permitir à estratégia conseguir resultados muito consistentes e numerosos galardões”, indica.
Javier Dorado: JPM Global Income e a sua variante JPM Global Income Conservative
Tal como explica o diretor-geral da J.P.Morgan AM para Portugal e Espanha, são fundos globais multiativos que têm como objetivo maximizar a geração de rendimentos para os seus investidores, distribuindo-as de forma periódica. “São geridos pela mesma equipa de especialistas seguindo o mesmo processo de investimento, diferenciando-se unicamente nos seus objetivos de rentabilidade e volatilidade. O objetivo de capturar as melhores oportunidades de rendimentos a nível global. São fundos apropriados para praticamente qualquer tipo de investidor, já que proporcionam um complemento perfeito aos rendimentos tradicionais, muito escassos no atual contexto de taxas, sem renunciar o potencial de revalorização do capital. O JPM Global Income já conta com mais de 10 anos de história, e durante todo este período repartiu trimestralmente de forma consistente um dividendo entre 4% e 6% anualizado”, destaca Javier Dorado.
Francisco Amorim: Jupiter Flexible Income
Este fundo multiativo tenta providenciar retorno regular no longo prazo (entre três e cinco anos) investindo em diferentes classes de ativos do mundo. Na opinião do sales da gestora, Francisco Amorim, “como um fundo global, o Flexible Income investe em várias estratégias que geram retorno em toda a estrutura de capital das classes de ativos tradicionais e não tradicionais”. De forma a definir a sua estratégia de alocação no portefólio, tira vantagem do vasto expertise da Jupiter em diferentes classes de ativos, e, como acrescenta o profissional, “conta com as fortes capacidades da equipa de ações em cada região, e da equipa de análise de fixed income”. Integrada dentro da plataforma de risco e investimento genérico da Jupiter, a equipa de multiativos liderada por Talib Sheikh definirá a visão macro e fará as decisões de alocação táticas.
Alicia García: M&G (Lux) Dynamic Allocation
Segundo a responsável da M&G Investments para Portugal, Espanha e Andorra, com o aumento da volatilidade e a normalização de yields baixs em muitas classes de ativos e mercados, a capacidade de investir de modo tático e de forma muito rápida e dinâmica será cada vez mais importante para poder gerar retornos nos próximos anos. “Estas são duas características fundamentais do M&G (Lux) Dynamic Allocation, em conjunto com o importante papel desempenhado pelas finanças comportamentais na estratégia do fundo e a composição da carteira. O fundo está sob a batuta de Juan Nevado, com mais de 25 anos de experiência na gestão de fundos multiativos. Proporciona uma combinação de rendimentos e crescimento de capital através de uma carteira equilibrada entre obrigações (0-80% da carteira), ações (20-60%) e outros ativos (0-20%) com uma volatilidade que se situa entre 5 e 12%”, destaca.
Laura Donzella: Nordea 1 Balanced Income Fund
Para Laura Donzella, responsável de Vendas da Nordea AM para a Península Ibérica, América Latina e Ásia, a estratégia Balanced Income é uma solução equilibrada, prudente e global para investidores em obrigações que veem como as rentabilidades futuras são cada vez mais reduzidas. “Oferece-nos uma exposição muito diversificada em obrigações e divisas, com uma exposição limitada a ações (0-25%). Esta flexível abordagem de investimento, sem restrições e centrada na gestão ativa de riscos, permite-lhe adaptar-se para alcançar os seus objetivos: preservar o capital e oferecer rentabilidades positivas ao longo do ciclo de investimento. Tudo isso, mantendo sempre um alto grau de liquidez, pois só investe em obrigações físicas altamente líquidas e derivados comuns plain vanilla”.
Carla Bergareche: Schroder ISF Global Target Return
Para a diretora-geral da Schroders em Portugal e Espanha, este ano tão volátil demonstrou-nos que toda a diversificação é pouca. “O Schroder ISF Global Target Return é um fundo multiativo desenhado para gerar crescimento de capital e rendimentos, com um objetivo de superar o seu índice /USD 3 mont Libor) em 5% bruto em períodos de três anos”. Carla Bergareche conta ainda que “o fundo, que é gerido de forma ativa, pode investir em toda a classe de ativos de forma direta ou de forma indireta, através de fundos de investimento e instrumentos derivados. Lançado em 2016 e gerido desde então pela mesma equipa, o fundo acumula desde o seu lançamento uma rentabilidade de 25,3% (classe C acc USD) face a 6,8% do seu índice”.
Álvaro Cabeza: UBS China Allocation Opportunity
Tal e como explica o responsável da UBS AM para a Península Ibérica, a amplitude de oportunidades unida à complexidade inerente ao mercado chinês é o que os fez lançar, há mais de cinco anos, uma solução única que oferecerá, através de um único veículo, exposição ao potencial de crescimento do mercado chinês de ações sem renunciar as atrativas yields presentes no mercado de obrigações. “Uma solução que oferecerá um equilíbrio atrativo entre estas duas classes de ativos, liquidez, investimento em instrumentos domésticos e internacionais e com um nível de volatilidade aceitável por parte da maioria dos nossos clientes. Esta solução chama-se UBS China Allocation Opportunity. Desde o seu lançamento em 2015, o fundo fez uso da sua flexibilidade para navegar contextos de mercado complexos, oferecendo uma rentabilidade ajustada por risco muito atrativa para os nossos clientes”, conclui Álvaro Cabeza.