Esta quinta-feira, a representante da CMVM elencou as prioridades do supervisor para 2020. A sustentabilidade é uma das cinco “bandeiras” para o novo ano, tal como a identificação de práticas de greenwashing.
“Recuperar a confiança dos investidores depois de uma crise de confiança nos reguladores que permanece”. Foi desta forma que a presidente da CMVM, Gabriela Figueiredo Dias, iniciou esta quinta-feira uma conferência de imprensa focada nas Prioridades do regulador para 2020. A representante da entidade referiu que na instituição têm de “fazer algo para recuperar essa confiança pois sem investidores não há mercado”.
Nas cinco prioridades que a CMVM coloca para 2020 estão:
1. Promover regulação e supervisão mais simples, focadas e proporcionais.
2. Robustecer a supervisão do governo das entidades supervisionadas.
3. Reforçar medidas dissuasoras de más práticas e a atividade sancionatória.
4. Contribuir para o aprofundamento das finanças sustentáveis e acompanhar a inovação financeira
5. Melhorar a organização e o serviço público prestado aos investidores e ao mercado.
Greenwashing na mira
No que toca ao quarto ponto, referente, às finanças sustentáveis, Gabriela Figueiredo Dias concretizou a atenção que querem ter na identificação de potenciais práticas de greenwashing no mercado. No documento redigido pela entidade pode mesmo ler-se sobre a necessidade de confronto entre “as declarações dos gestores e comercializadores de fundos em matéria de compromisso com a sustentabilidade com as suas políticas de investimento e a atividade acionista dos primeiros nas empresas participadas”.
Nas prioridades da CMVM para 2020 por área de atuação, a entidade especifica para os fundos e investimento e gestão de carteiras algumas nuances. Entre vários pontos, destaque para o “foco redobrado na avaliação inicial e supervisão contínua da adequação dos membros de órgãos sociais e titulares de participações qualificadas”, a “identificação de necessidades especiais de supervisão relacionadas com a divulgação de informação sobre sustentabilidade”, ou o “reforço da supervisão prudencial de entidades supervisionadas, com enfoque na análise da solidez financeira, modelos de negócio e gestão de liquidez de organismos de investimento coletivo”.
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