Gestão de patrimónios: mais mercado, com menos entidades

Reloj
Elbuco, Flickr, Creative Commons

Mais entidades, mas menos ativos sob gestão. Este é um rápido resumo de como é que a gestão individual de ativos acontecia em 2004 em contraposição com a fotografia atual.

Olhando para os dados da CMVM referentes aos indicadores trimestrais de gestão de ativos, mais concretamente da gestão individual de ativos, verifica-se que em 2004 (ano a partir do qual o regulador divulga dados referentes às entidades que executam este negócio) este mercado cifrava muito perto de 26.000 milhões de euros, pertencentes a 46 entidades. Desta forma, há 15 anos estávamos perante um mercado de gestão de patrimónios bem mais robusto em termos de entidades com licença para fazer este tipo de gestão, mas com valores geridos mais incipientes do que os atuais.

Assim sendo, no término de 2019 o volume gerido na gestão individual de ativos era mais do dobro do existente em 2004 (62.353 milhões de euros), mas com um “plantel” de entidades de menos 12 do que há 15 anos, no caso 34 companhias a executar a gestão individual de ativos. Verifica-se, portanto, uma concentração bem maior neste mercado 15 anos depois.

Mercado de gestão individual de ativos 2004 vs 2019

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Fonte: CMVM, indicadores trimestrais de gestão de ativos

Olhando para o tipo de entidades que executam gestão individual de ativos, verificam-se também discrepâncias neste espaço temporal. Em 2004, das 46 entidades 27 tratavam-se de empresas de investimento, das quais 18 eram sociedades gestoras de patrimónios.

Em 2019, o panorama é outro, e existe uma maior “democratização” das entidades a executar gestão individual de ativos. 12 tratam-se de instituições de crédito, outras 12 são empresas de investimento e as 10 restantes são gestoras de fundos. De salientar que o número de sociedades gestoras de patrimónios reduziu-se, tratando-se atualmente de 7 as empresas com essa designação.  

Captura_de_ecra__2020-02-27__a_s_15

Fonte: CMVM, indicadores trimestrais de gestão de ativos