A tendência não tem sido positiva para a gestão de patrimónios nacional em 2020. Com base em dados da APFIPP com referência ao final de abril, desde o início do ano, o conjunto das 11 entidades gestoras contempladas nas estatísticas regista uma redução de 25,2% nos ativos sob gestão. Nenhuma entidade escapa a esta realidade, uma vez que todas registam variações negativas no património gerido, com referência ao final de 2019. Contudo, o mês de abril foi a exceção: face ao mês anterior, nove entidades conseguiram um acréscimo no seu património gerido, o que no conjunto de entidades se traduz num aumento de 0,8% nos AuM.
Em termos individuais, a entidade de destaque no mês de abril foi a Dunas Capital, cujo património gerido variou positivamente em 18,3% para os 15,2 milhões de euros. A par da Montepio Gestão de Activos, estas foram as entidades que melhor conseguiram amenizar as suas perdas desde o início do ano, registando uma diminuição de 2,7% nos AuM desde final de dezembro do ano transato.
No sentido contrário, a casa que sofreu maior abalo no seu património e quota de mercado foi a Caixa Gestão de Ativos, que perdeu o lugar cimeiro para a BMO Portugal. Contudo, tal como anunciamos anteriormente, este acontecimento ficou a dever-se ao “levantamento parcial de um cliente institucional de grande dimensão”, conforme relata a APFIPP, o que na prática resultou numa reclassificação da tipologia de serviço de gestão/aconselhamento de carteiras, de forma que esses valores deixam de estar refletidos nas estatísticas.
Não obstante, o maior crescimento mensal, em termos absolutos, pertence à entidade gestora do Grupo CGD (124,6 milhões de euros, um aumento mensal de 1,3%). De realçar ainda que as casas gestoras dos dois lugares de topo do ranking reúnem entre si mais de metade do capital alocado à gestão de patrimónios nacional.