Ainda que caminhemos a passos largos para o final de 2018, importa olhar para o contexto passado, mais precisamente até ao final de setembro. O exercício, desta feita, analisa os dados revelados pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários relativos ao peso da gestão individual de carteiras e da gestão coletiva de ativos na capitalização bolsista da Euronext Lisbon nos primeiros nove meses do ano.
Segundo o relatório publicado, o investimento em dívida pública por parte da gestão discricionária apresenta um peso de 13,47% na capitalização bolsista da Euronext Lisbon – resultante de um montante sob gestão neste segmento de 16.767,7 milhões de euros. O segundo segmento mais preponderante é o segmento obrigacionista, cujo montante sob gestão ascende a 1.293,7 milhões de euros, o que corresponde a um peso de 11,97%. O segmento acionista, por outro lado, apresenta uma preponderância significativamente inferior aos segmentos anteriormente referidos, com 0,52%.
No cômputo geral verificamos que o peso dos três segmentos decresceu entre setembro de 2017 e setembro de 2018, com o segmento obrigacionista a registar a queda mais expressiva: 5,7 pontos percentuais.
Fonte: CMVM
O panorama da gestão coletiva de ativos
Analisando o contexto na gestão coletiva de ativos verificamos que, ao contrário da gestão individual de carteiras, o segmento cujo investimento é mais preponderante é o segmento de obrigações, que representa 1,36% na capitalização bolsista da Euronext Lisbon – decorrente de um montante sob gestão de 146,8 milhões de euros.
Os segmentos de dívida pública e de ações, por sua vez, apresentam uma preponderância bastante semelhante: 0,14% e 0,13%, respetivamente. Contudo, enquanto que se verifica uma queda do peso do segmento de dívida pública entre setembro de 2017 e setembro de 2018, passando de 0,22% para os 0,14% atuais, no caso do segmento acionista, este registou um movimento contrário.
Fonte: CMVM