Gestoras de fundos de pensões mais pequenas destacam-se no investimento em fundos de terceiros

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Créditos: Zakaria Zayane (Unsplash)

No segmento da gestão de fundos de pensões, não são as gestoras com maiores AuM que mais dão nas vistas ao nível do investimento em fundos de terceiros. Muito embora existam entidades  grandes, como a BPI Vida e Pensões, que em 2020 dava conta de um maior interesse por este veículo, são entidades com fatias menores de mercado que sobressaem na análise à alocação ponderada a este instrumento.

Tal como acontecia no mesmo período de há um ano, também no primeiro trimestre de 2021 vemos a Victoria Seguros e a SGF com os dados mais robustos. Alocam, respetivamente, 80% e 67% do património que gerem a fundos de terceiros. São valores próximos da preponderância de 2020. Em termos absolutos significam 13,2 milhões de euros, no caso da Victoria Seguros, e 60,6 milhões de euros no caso da SGF. Em ambos os casos trata-se de um valor absoluto mais elevado do que um ano antes. Contudo, não se consegue justificar por que via isso aconteceu: valorização de mercado ou reforço de investimento.

Os dados da APFIPP trimestrais referentes ao segmento da gestão de fundos de pensões mostram que praticamente todas as entidades têm em 2021 uma maior percentagem de alocação a fundos face 2020.

Fonte: APFIPP, relatório trimestral, março 2021

Maior montante em fundos de ações

Os dados da Associação mostram que os fundos de ações são os que mais pesam no agregado das carteiras deste negócio. De facto, valem mais de 4 mil milhões de euros quando olhamos para o panorama geral, ou seja, praticamente metade do valor investido em fundos. Em termos ponderados pelo património total, é a SGF que mais investe nesta tipologia de fundo.

Os fundos de obrigações são também expressivos nas carteiras. Representam 3,1 mil milhões de euros do total de 8,6 mil milhões investidos em fundos pelas entidades.