José Calheiros, Director do Barclays Wealth Investments, destaca os objectivos desta transposição, nomeadamente o facto de ir “contribuir para uma maior eficiência e racionalização da indústria, a nível do número de fundos e do custo de gestão dos mesmos”. Em declarações à Funds People Portugal considera que este é “mais um passo para a criação de um mercado pan europeu de fundos de investimento”.
Mais especificamente, a transposição da UCITS IV, virá “desempenhar um papel importante no que diz respeito ao domínio accionista das sociedades gestoras nacionais por parte de grupos financeiros portugueses”, salienta Luís Martins, administrador da Caixagest, assim como alterações na interacção com os clientes.
De acordo com Rui Broega, Director da área de gestão de activos do Banco BIG, este desenvolvimento na regulamentação europeia “deverá direccionar baterias para o incremento dos mecanismos de controlo de gestão e divulgação de informação que permitam salvaguardar os interesses dos investidores”. Até porque, a sofisticação financeira “permitida não foi acompanhada da devida regulamentação”, sublinha.
Referindo que este um período “desafiante” para a indústria de fundos, Rui Broega considera ser, igualmente, “um momento de necessária reestruturação, que deve centrar esta industria no que realmente são as suas competências – gerir investimentos”.
Poupar para a reforma
A marcar ainda o sector nos próximos estará, como salientou José Calheiros, do Barclays, o desafio da poupança, nomeadamente pensado na situação de reforma. Esta necessidade, que tenderá a ser “cada vez mais evidente nos próximos anos”, irá trazer “novas oportunidades de crescimento para a indústria de fundos de investimento, sem dúvida os melhores veículos para que o cidadão comum possa, através do investimento regular da sua poupança, atingir o objectivo de garantir um determinado nível de vida na reforma”, sublinha José Calheiros.
