Guia para entender o impacto da reforma europeia dos fundos monetários

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O ano arrancou com mudanças para os fundos monetários (money market funds - MMF). Desde o dia 21 de janeiro de 2019 que o setor teve de se adaptar às novidades contempladas na Reforma Europeia dos Fundos Monetários (MMFR). A nova normativa europeia aplica-se a todos os monetários estabelecidos, geridos ou comercializados na União Europeia. Isto é, impacta um nicho com mais de 1,2 biliões de euros sob gestão no final de 2018.

O novo regulamento foi elaborado com o objetivo de:

i) Fortalecer o setor proporcionando aos investidores um nível adicional de proteção e uma maior transparência

Ii Harmonizar os requisitos e práticas prudentes relativas à gestão destes veículos em toda a UE.

Dada a sua relevância, revemos com a ajuda da BNP Paribas Asset Management as chaves da reforma. “Acreditamos que a grande maioria de investidores ibéricos não verão nenhum problema na transição para o novo contexto normativo porque já tratam deste assunto há vários meses com os seus gestores”, tranquiliza Xavier Gandon, especialista de investimentos do mercado monetário da BNP Paribas AM. “Na verdade, muitos já estão a analisar qual será o tipo de MMF do novo regulamento adequado para as suas limitações, metas e objetivos finais. E, quando lhes pareceu necessário, começaram a adaptar as suas políticas de investimento para que sejam mais flexíveis”.

Como resultado destas mudanças normativas, existe a possibilidade de que os investidores aproveitem a oportunidade para proporem novas soluções disponíveis. “Por exemplo, talvez seja uma boa ideia segmentar o dinheiro de um modo mais eficaz, com usos diferentes (desde liquidez operacional até à estratégica), num contexto no qual os fundos monetários mais conservadores ver-se-ão submetidos a maiores restrições de liquidez (o novo regulamento introduz limites de liquidez obrigatória que variam em função do tipo de fundo)”, aponta o especialista.

Historicamente, os investidores ibéricos preferiram investir em MMF que oferecem ações de capitalização. Por isso, é provável que optem por investimentos em MMF com um Valor Líquido Variável (VLV), sejam a curto prazo ou padrão.

Como conclusão, espera-se que a proposta de valor que os monetários europeus oferecem não variem. “Irão continuar a desempenhar um papel importante para os investidores em liquidez que procurem um produto que combine segurança, liquidez e diversificação”, assegura Gandon.

As principais diretrizes de investimento aplicáveis aos diferentes tipos de fundos estão resumidas no gráfico abaixo:

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Fonte: União Europeia, BNP Paribas AM