“Grande convergência de práticas e de normas entre Portugal e Espanha”

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lhwilkinson, Flickr, Creative Commons

A Católica Lisboa School of Business, em conjunto com a Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado e o Instituto Português de Corporate Governance, juntou os presidentes dos reguladores do mercado de valores mobiliários espanhol e português - Elvira Rodriguez pela CNMV e Carlos Tavares da CMVM - para que falassem sobre o corporate governante existente nos dois países. Enquanto a presidente do regular espanhol se dedicou a apresentar o novo código do governo das sociedades espanholas, Carlos Tavares apresentou o tema dos reguladores e o governo das empresas.

A presidente do regular espanhol, Elvira Rodríguez, destacou a importância do corporate governance nas empresas e no mercado, sobretudo porque "e um elemento chave para o crescimento e para a consolidação das empresas no mercado". Também a transparência mereceu destaque por parte da entidade espanhola, com Elvira Rodriguez ao afirmar que e "fundamental que exista o máximo de transparência nas empresas e nos responsáveis".

Já Carlos Tavares aproveitou para destacar a "grande convergência de práticas e de normas entre Portugal e Espanha, no que toca a regulação". O presidente do regulador português destacou, ainda, os passos que foram dados nas gestoras de ativos, sobretudo ao nível "do novo regulamento, onde se destaca a transparência e ainda as limitações dos ativos do grupo nas carteiras de investimento, entre outros".

Para Abel Sequeira Ferreira, diretor executivo da AEM, "Portugal não terá um sector privado suficientemente forte e devidamente capitalizado enquanto o mercado de capitais não se apresentar como uma alternativa credível ao financiamento bancário, e o mercado de capitais será tão credível quanto o respectivo sistema e regras, incluindo o corporate governance, merecerem a confiança dos investidores e das empresas emitentes". O responsável da Associação que representa as maiores empresas cotadas nacionais, terminou a sua intervenção lembrando aos reguladores presentes que "sem investidores não há mercado de capitais, mas sem empresas emitentes também não".