O Invest Tendências Globais PPR/OICVM, da Invest Gestão de Ativos, foi o fundo multiativos flexível nacional mais rentável dos em 2024. Este fundo, gerido por Guilherme Neves, chegou ao primeiro lugar da tabela da sua categoria com um retorno de 22,38%.
O Invest Tendências Globais PPR/OICVM, da Invest Gestão de Ativos, foi o fundo multiativos flexível nacional mais rentável de 2024. Este fundo, gerido por Guilherme Neves, chegou ao primeiro lugar da tabela da sua categoria com um retorno de 22,38%. Falámos com o gestor sobre o que conduziu a esta performance no ano passado.
1. Quais as principais características diferenciadoras do fundo que o levaram a ser o mais rentável na sua categoria?
A visão como investidor de longo prazo numa perspetiva que asset ownership, e não como um trader de curto prazo que se presta a gerir desvios de benchmarks, comprar noticias, rumores, narrativas ou conversas de mercado. A chave do sucesso fundo passa por investir em ativos com provas dadas, bons balanços, evitar ao máximo o erro através de exaustiva análise prévia à tomada de decisão e ter em conta a sua avaliação no ato de compra.
2. Que fatores e estratégias de investimento foram determinantes para a rentabilidade do último ano?
A estratégia de investimento do fundo é de médio longo prazo. Desta forma, aquilo que mais contribuiu para a performance foi facto das empresas nas quais investimos de um modo global terem feito bem, facto que foi reconhecido pela performance das cotações. Os três maiores contribuidores para a performance do fundo em 2024 foram respetivamente a Amazon, a TSMC e a Costco.
3. Houve algum evento ou decisão específica ao longo do ano que tenha tido um impacto mais significativo no desempenho?
Em geral, não há nada de muito relevante a assinalar. De qualquer forma, destacaria a decisão de manter a Amazon e até reforçar em 2022, ao ter-se percebido que queda de rentabilidade era conjuntural devido ao crescimento acima da procura no segmento de e-commerce sendo algo que se resolveria com o tempo e algumas medidas de otimização por parte da gestão. Igualmente importante foi a decisão de manter a TSMC apesar das teorias que indicavam que a ideia de fabricar semicondutores em Taiwan era algo acabado.
4. Concretamente, de que forma é que o contexto macroeconómico e o comportamento dos mercados influenciaram as decisões e, consequentemente, a performance do fundo?
De um modo geral, diria que o facto da economia mundial ter lidado melhor com a subida das taxas de juro que o esperado ajudou as empresas do fundo. De qualquer modo, operacionalmente as nossas empresas não necessitam de taxas juro baixas para ser rentáveis. Pelo contrário, são rentáveis apesar delas porque, em geral, o endividamento do Fundo numa perspetiva de look through é reduzido
5. Que mudanças ou ajustes estratégicos estão previstos para manter ou melhorar o nível de rentabilidade?
A estratégia do fundo está definida e não é esperado que mude. Poderão existir ajustes pontuais de carteira, consoante o desenvolvimento operacional das empresas, ou extremos de avaliação do mercado.