"Há cada vez mais evidências de que a economia da Zona Euro está a recuperar"

ING
Cedida

"Cada vez mais vemos evidências de que a economia da Zona Euro está a recuperar, embora seja expectável uma saída lenta da recessão. Um euro mais forte poderá inviabilizar a recuperação, apesar que Mario Draghi ainda poderá falar sobre as taxas de câmbio". Assim pensam no ING Investment Management, considerando que os lastres sobre o crescimento por causa do crédito e as condições financeiras por um lado, e as medidas de austeridade por outro, deverão diminuir, a par de uma melhoria na procura global que terá um efeito positivo sobre as exportações.

Segundo explica a gestora holandesa num artigo, em termos gerais os últimos dados económicos parecem confirmar este ponto de vista dado o aumento consecutivo em três meses do índice de manufactura (PMI) e do índice de sentimento económico. "Cada vez mais se confirma que a economia da Zona Euro está a começar a recuperar-se, uma melhoria impulsionada em grande parte pela Alemanha". Isto também se pode confirmar através do índice IFO de clima de negócios, que subiu pelo terceiro mês consecutivo de 102,4 para 104,2 em Janeiro.

"Como regra geral, três aumentos seguidos no passado indicam que a recuperação irá continuar. O aumento deveu-se principalmente à componente expectativas que se correlaciona bem com o crescimento alemão e confirmou a forte tendência de subida dos diversos indicadores, que começou no final do verão do ano passado. Tudo isto mostra que a Alemanha se beneficia muito com a recuperação do crescimento global graças à sua diversificada base de exportações", afirmam desde a entidade.

No entanto, no ING IM entendem que é importante destacar que a saída da recessão por parte da Zona Euro acontecerá lentamente. "Não devemos esquecer que a economia da região sempre foi como um petroleiro, que gira lentamente, e desta vez tem ainda mais razões para que isso. Ainda "sopram ventos" de desalavancagem nos países periféricos e fora da Alemanha a taxa de desemprego continua com uma tendência de subida, o que gera pressão sobre os consumidores", indicaram os analistas da gestora.