Há interesse pelas mesmas temáticas na Europa e nos EUA?

abstrato
Créditos: Umberto (Unsplash)

Os fundos temáticos ganham um espaço cada vez maior nas carteiras. De facto, segundo um estudo recente da Greenwich Associates e da BNP Paribas AM, 88% dos investidores do mercado de distribuição e 36% dos investidores institucionais já utilizam ou têm a intenção de utilizar estratégias temáticas. 

Isto explica que o seu património se tenha triplicado em apenas três anos, segundo dados da Morningstar, sobretudo, devido ao auge que tiveram estas estratégias na Europa, que conta com mais de 50% de todo o património mundial que há em temáticos. 

Apesar de o gosto por fundos temáticos se ter visto por todas as regiões, existem algumas diferenças quanto às temáticas mais vendidas na Europa e nos EUA. A gestora Global X, especializada em ETF temáticos, publicou um relatório no qual analisam as tendências vistas nestes produtos no mês de junho na Europa (incluindo fundos UCITS) e nos EUA. 

Na Europa, registaram 986 milhões de dólares de entradas líquidas, uma subida, depois dos 112 milhões de dólares de saídas líquidas em maio. Nos EUA viram-se 2.500 milhões de dólares entradas líquidas e junho, que comparam com os 1.900 milhões de dólares de saídas líquidas em maio. 

Quanto às temáticas, na Europa foram as centradas nas alterações climáticas que englobaram as maiores subscrições: 439 milhões de dólares, quase metade do total, seguida pela dos novos consumidores e big data. Nos EUA foi a temática da disrupção da tecnologia a que ficou com a maior parte das subscrições: 1.800 milhões. Seguem-na no ranking a conectividade e big data, enquanto as alterações climáticas são o quarto tema mais procurado. 

As preferências da Europa 

As preferências dos EUA 

Não é esta a única diferença que há entre ambas as regiões no que concerne a sub-indústria de fundos temáticos. Também há outra importante, desta vez quanto ao tipo de veículo eleito. Vê-se no Global Thematic Funds da Morningstar. Na Europa, a gestão ativa concentra 89% dos fundos temáticos enquanto nos EUA é maioritária a gestão passiva, com 63% do total.