Hellman & Friedman e GIC emitem obrigações de 575 milhões de euros para financiar parte da compra da Allfunds

1957c69df0ec115a
-

O final do processo de venda da Allfunds à Hellman & Friedman e ao GIC está cada vez mais próximo. Depois da luz verde dada pela Comissão Europeia à operação em finais de maio, o LHC3 Plc (o consórcio constituído pela Hellman & Friedman e pela GIC) acaba de encerrar a emissão de obrigações PIK Toggle sénior, pelo valor de 575 milhões de euros e cujo vencimento se fixa em 2024. Esta operação tem como objetivo o financiamento da aquisição da plataforma de distribuição de fundos de investimento, propriedade agora do Banco Santander, da Intesa Sanpaolo e da Warburg Pincus LLC.

Importa recordar que, no início de março deste ano, o Santander e os seus sócios da Allfunds anunciaram que tinham chegado a um acordo para a venda de 100% da Allfunds a fundos afiliados da Hellman & Friedman, um fundo de capital de risco, líder em investimentos no setor financeiro, e com a GIC, o fundo soberano de Singapura e um dos maiores do mundo. A operação foi fechada por 1.800 milhões de euros.

A Latham & Watkins assessorou esta operação de emissões de obrigações aos compradores iniciais Goldman Sachs International, Merril Lynch International, Banco Santander, Barclays, Bank Plx, Citigroup Global Markets Limited e Morgan Stanley & Co. International Plc. Por sua vez, a Ropes & Gray representou o vendedor.

Impacto para o Banco Santander

A venda da Allfunds é parte do acordo alcançado a 16 de novembro de 2016 pelo Santander com a Warburg Pincus & General Atlantic para adquirir das referidas entidades a sua participação de 50% na gestora Santander Asset Management. O Grupo Santander estima que a contraprestação que obterá pela venda da sua participação de 25% na Allfunds será de, aproximadamente, 470 milhões de euros e que, em 2018, a operação de venda da Allfunds, juntamente com a compra de 50% da Santander Asset Management que não era propriedade do Santander, anunciada no passado dia 16 de novembro de 2016, terá um impacto positivo no lucro por ação e gerará um return on invested capital superior a 20% (e 25% em 2019).

O Grupo Santander, presidido por Ana Botín, também prevê que, no final de 2017, o consumo de capital (core equity tier 1) de ambas as operações será de, aproximadamente, 11 pontos base.

Até esta data, os acionistas da Allfunds são compostos pelo Banco Santander, com 25% de capital através da Santander AM, os fundos Warburg Pincus e General Atlantic, com outros 25% através da Santander AM, e Eurizon Capital SGR, filial da Intesa Sanpaolo, com os 50% restantes.