A dívida pública continua a ser o grande peso pesado nos portefólios. Contudo, em agosto, importa realçar o ligeiro aumento de investimento em alguns fundos mobiliários.
A gestão de patrimónios em Portugal apresenta desde o início do ano uma redução superior a 5% nos seus ativos sob gestão, segundo os dados mensais lançados pela APFIPP no seu relatório mensal de agosto. No final do mês de verão por excelência, os ativos sob gestão deste segmento chegaram aos 57,015 mil milhões de euros de ativos sob gestão.
Segundo o que a APFIPP reporta mensalmente, as ações foram o ativo que mais avançou no mês em análise. A Associação revela que o total das ações avançou 3,84%, para um valor global de 3.673 milhões de euros. Este tipo de ativo compõe atualmente um peso de 6,44% dentro dos portefólios da gestão de patrimónios, em Portugal. No mês em análise, as ações americanas foram as que maior incremento registaram neste segmento. A Associação mostra que o ativo teve um incremento superior a 14% no período.
Panorama das ações nas carteiras da gestão de patrimónios

Fonte: APFIPP, 31 de agosto
A dívida pública, por sua vez, mantém-se como sendo o ativo com mais preponderância nas carteiras das gestoras de patrimónios, muito embora o seu peso, em termos percentuais, se tenha reduzido ligeiramente em agosto. A dívida pública em agosto valia mais de 23,027 mil milhões de euros dentro dos portefólios das entidades gestoras de patrimónios, o que faz com que este ativo componha mais de 40% do montante total gerido.
No que diz respeito aos fundos de investimento, a Associação também mostra um incremento da sua preponderância no mês de agosto. Apesar dos fundos de investimento comporem uma percentagem pequena das carteiras das gestoras de patrimónios (8,72%), a Associação mostra duas rubricas com um ligeiro aumento, a este nível.
Os fundos monetários estrangeiros, por exemplo, registaram um crescimento superior a 4%, tendo chegado a agosto com um valor superior a 29 milhões de euros. Também na rota do crescimento estiveram as unidades de participação dos outros fundos mobiliários estrangeiros: o avanço foi superior a 2%, estando o seu valor próximo dos 1.028 milhões de euros
Panorama dos fundos mobiliários dentro das carteiras das gestoras de patrimónios

Fonte: APFIPP, 31 de agosto