Na consulta que o Regulador fez aos investidores nacionais em 2018 olhou para o tipo de ativos que estes dizem ter em carteira. PPR são um dos veículos privilegiados.
Depois de lhe termos dado a conhecer algumas conclusões sobre a forma como os investidores nacionais olham para os valores mobiliários, hoje mostramos-lhe mais alguns detalhes vigentes no inquérito online ao perfil do investidor de 2018, realizando pela CMVM, relativamente às carteiras de investimento dos mesmos.
Numa secção que considera 1.192 investidores que possuíam em carteira pelo menos um dos seguintes tipos de ativos: dívida pública (certificados de aforro, certificados do Tesouro, obrigações do Tesouro), ações; obrigações de empresas, papel comercial, unidades de participação em fundos de investimento, produtos financeiros complexos, PPR, investimentos em crowdfunding e moedas digitais, constata-se que 18,7% das carteiras incluem apenas um tipo de ativo, 22,4% possuem dois tipos de ativos, 24,7% são constituídas por três tipos de ativos, 17,9% investiram em 4 tipos de ativos e as restantes 16,3% possuem 5 ou mais tipos de ativos.
Predominância do PPR
Das 223 carteiras com apenas um tipo de ativo, o “rei” são os PPR. O regulador reporta que em 31,8% dos casos esse ativo em carteira são os PPR, enquanto que as ações e a dívida pública aparecem nos lugares seguintes, com 27,4% e 19,3% de representatividade, respetivamente.
No caso dos questionados que afirmam ter dois dos ativos em carteira, os PPR continuam na linha da frente a par das ações, com vigência em 17% dos portefólios, seguindo-se a dívida pública e os PPR, que se encontram em 16% das carteiras, os PPR e unidades de participação em fundos de investimento, incluídos em 11% das carteiras e, por fim, as ações e unidades de participação em fundos de investimento em outras 10%.
Os fundos de investimento ganham maior importância quando o critério é a composição média, não ponderada, das carteiras de investimento. Como visível na ilustração abaixo, os três tipos de ativos com maior preponderância a este nível são a dívida pública (31,4%), as ações (27,1%) e os fundos de investimento (25,1%).