Invest AR PPR destaca-se no retorno ponderado pelo risco a cinco anos

Os fundos de ações globais e EUA dão nas vistas a cinco anos em termos de rentabilidade, e deixam pouca margem para brilhar outro tipo de produto, especialmente quando não é tido em conta o risco na análise. Por isso, importa também olhar para outras categorias de fundos no período, mais concretamente para os fundos allocation, que permitem uma flexibilidade maior no investimento que proporcionam. Sem considerar o risco, fica visível pelos dados abaixo que são três produtos categorizados pela Morningstar como Allocation Miscelaneous que saltam à vista, quando se analisam os retornos conseguidos pelos fundos de alocação nacionais (domiciliados em Portugal ou no Luxemburgo) nos cinco anos anteriores a setembro.

Retorno Categoria Allocation nos últimos cinco anos 

Fonte: Morningstar Direct, setembro

Dão nas vistas dois fundos da BPI GA, cujo universo de investimento se afasta da Europa. Por um lado o BPI Ásia Pacífico, gerido por Rui Araújo, e que no período entrega 7,60% de retorno, e, bem próximo, o BPI Brasil com uma rentabilidade de 6,73% nos últimos cinco anos. Fecha o trio com um fundo do mesmo universo de investimento, o Eurobic Brasil, e que junta na sua gestão a Dunas Capital à brasileira Tagus Investimentos. Nos últimos cinco anos conseguiu chegar aos 5,63% de rentabilidade. Embora categorizado como cautious allocation, um produto da Invest Gestão de Ativos consegue  competir com uma rentabilidade interessante no período, no caso o seu Invest Alves Ribeiro PPR - fundo Blockbuster e Consistente do Selo FundsPeople-, que nos últimos cinco anos alcança 5,15% de retorno.

O fundo gerido por Paulo Monteiro, contudo, fica ainda mais bem visto quando o risco que toma é considerado. Como visível nos dados abaixo, o PPR da entidade consegue a melhor relação risco/retorno da categoria allocation, resultante de um retorno anualizado de 5,15% e de um desvio padrão de 7,49% a cinco anos. Nesta métrica, interessante ver que o fundo que liderava em retorno absoluto – o BPI Ásia Pacífico- também se posiciona positivamente quando se avalia o retorno pelo risco, métrica onde alcança 0,63 de retorno ponderado. O fundo gerido por Rui Araújo, segundo a ficha mensal do produto datada de setembro, apresenta atualmente uma ponderação superior a 60% a Japão e China conjuntamente.

Pelo seu carater mais cauteloso ou moderado, são muitos os PPR/OICVM que se destacam nesta análise, como visível abaixo:

Retorno categoria Allocation ponderado pelo risco nos últimos cinco anos 

Fonte: Morningstar Direct, setembro