Investidores apreensivos...mas pouco: risco continuou a guiar subscrições de fundos

6807147216_8db53508fe_o
fireflythegreat, Flickr, Creative Commons

Pouco – ou muito - há a dizer sobre o mês de junho  de 2015. Muito resumidamente a volatilidade nos mercados adensou-se ainda mais, e “Grécia” foi a palavra dominante... mas os investidores das plataformas nacionais que distribuem fundos de investimento estrangeiros não se deixaram intimidar pelo sobe e desce dos mercados.

Do BiG e do Banco Best chega-nos precisamente essa confirmação. Isabel Soares, gestora de produto da primeira entidade, indica que “o mês de junho voltou a ser marcado por um cenário de elevada volatilidade”, e que “a temática da crise na Grécia dominou, novamente, todas as atenções”. No entanto este cenário parece “não ter tido um impacto substancial na tendência observada no segmento de fundos”. “Os investidores poderão estar mais cautelosos ou apreensivos, mas continuam a não se distanciar de soluções de investimento de maior risco e com enfoque no segmento accionista”, remata. Tendência idêntica aconteceu no Best, onde Rui Castro Pacheco, head of asset management, reporta que “ainda que fosse de esperar alguma alteração de comportamento dado o aumento de volatilidade nos mercados, o mês de junho continuou a tendência de maiores entradas em fundos de maior risco”.

No BiG o saldo de fundos mais subscritos comprova o referido atrás: dos 10 produtos mais procurados, 6 são fundos de ações, e dos nomes que compõem a lista, as novidades são poucas face ao mês anterior. “Os destaques centram-se, por isso, no reposicionamento do Nordea Stable Return como fundo mais subscrito (trata-se de um produto misto que tem sido privilegiado para rebalanceamento do risco das suas carteiras. A preocupação da equipa de gestão com o controlo dos níveis de volatilidade da carteira, também tem contribuído para que o fundo seja uma das soluções de referência dos investidores em momentos de maior incerteza e volatilidade)”, conta Isabel Soares. 

Banco BiG e Best voltam a partilhar 'número 1'

O Banco Best e o BiG voltam a partilhar o fundo mais subscrito no mês. Rui Castro Pacheco explica que nos dois primeiros lugares do top estão “O Nordea Stable Return, um pouco mais conservador na gestão de vários tipos de ativos e o MFS Global Total Return um pouco mais arriscado a sua exposição à componente de ações”.  A confirmar a tendência de domínio do risco, está o facto de na lista apenas constar “um fundo de obrigações”, “o nosso já conhecido Jupiter Dynamic Bond, fundo de obrigações bastante flexível”.

No campo das ações, o Best continua a denotar uma preferência pelo sector da saúde, posicionando-se no top10 três fundos pertencentes a este sector. “O fundo gerido pela BlackRock é um fundo um pouco mais genérico, enquanto os fundos geridos pela Franklin Templeton e pela Candriam são mais específicos e dedicados ao subsetor da biotecnologia”, refere.

No caso do  BiG, Isabel Soares não esquece "a tendência crescente na procura por fundos de ações asiáticas”, que parece subsistir. “A identificação de oportunidades de investimento interessantes e a maior diversificação geográfica face aos tradicionais investimentos com enfoque na Europa (actualmente exposta a alguns riscos políticos e económicos) ou EUA têm favorecido os inflows neste tipo de estratégias”, confirma.

Rui Castro Pacheco dá ainda conta do quarteto de fundos que encerra o top de mais subscritos no mês. “Para além do fundo gerido pela Invesco e que investe em empresas de forma global, os restantes 3 são fundos dedicados ao investimento em ações europeias, ainda que com 3 estilos diferentes”, indica, explicando que “o Jupiter opta por selecionar empresas com bons indicadores de crescimento, o MFS é especialista em Pequenas e Médias capitalizações e o UBS é “unconstrained”, ou seja, investe apenas nas suas melhores ideias (algumas delas “short”) sem se preocupar com o índice de referência”.

Resumidamente o ActivoBank identifica ainda a principal tendência sentida no mês de junho na plataforma, onde os fundos da UBS Global AM estiveram em foco. “Os fundos estratégicos da UBS são uma das nossas referências para investidores menos self-directed, e é bem visível o shift do UBS YIELD para outras estratégias com maior componente acionista, Balanced, Growth e Equity”, explica João Graça, entidade.

Fundos estrangeiros mais subscritos nas plataformas em junho

 

 BiG

Banco Best

ActivoBank

1

Nordea 1 Stable Return Fund

 Nordea-1 Stable Return Fund E EUR

UBS (Lux) SF Balanced (Eur) N Acc

2

Pioneer Fund Global Equity Target Income

MFS® Meridian Funds - Global Total Return Fund Class A1 EUR Acc

UBS (Lux) SF Growth (EUR) N Acc

3

PIMCO Unconstrained Bond

BlackRock Global Funds - World Healthscience Fund Class E2 EUR

SISF Euro Equity B

4

Invesco Pan European Structured Equity

 Invesco Funds - Invesco Global Structured Equity Fund E

JPM Inv F US Select Equity D

5

Henderson H. Pan European Alpha

The Jupiter Global Fund - Jupiter European Growth Class L EUR Acc

BNY Mellon Global Real Return A

6

BNY Mellon Euroland Bond P

MFS® Meridian Funds - European Smaller Companies Fund Class A1 EUR Acc

Franklin Technology N

7

Schroder ISF Global Convertible Bond

UBS (Lux) Equity SICAV - European Opportunity Unconstrained (EUR) P-acc

UBS (Lux) SF Equity (EUR) N Acc

8

Fidelity Funds - Global Dividend Fund

 Candriam Equities L Biotechnology N Acc USD

MSS European Property  B

9

Pictet Japanese Equity Selection

  Franklin Biotechnology Discovery N Acc $

SISF UK Equity B

10

Mirae Asia Sector Leader Equity USD

The Jupiter Global Fund - Jupiter Dynamic Bond Class L EUR Q Inc

Parvest Equity Europe Mid Cap N

Fonte: Infomação cedida pelas plataformas