Investidores aproveitam quedas para reforçar posições em ações

escritório_tecnologia
unsplash

Março ficou marcado pelas acentuadas quedas e por uma elevada volatilidade nos mercados acionistas devido à pandemia de Coronavírus. Os Governos, um pouco por todo o mundo, ativaram sucessivos estados de emergência e impuseram limites de circulação. “A globalidade dos índices apresentou quedas expressivas como consequência das muitas medidas tomadas com o intuito de conter a pandemia. Como consequência disso, a atividade industrial e de serviços ressentiu-se na Europa e nos EUA, país onde os pedidos de subsídio de desemprego dispararam para valores recorde”, esclarece Bruno Pinhão – Gestor de Investimento – Produto do ActivoBank.

Contudo, os clientes do Banco Best e do Banco Carregosa não se deixaram intimidar pelas quedas e mantiveram a aposta nas ações. Rui Castro Pacheco, diretor-adjunto do Banco Best, conta que “este mês temos, no top 10 dos fundos mais subscritos, nove fundos de ações, dando a ideia de que muitos investidores aproveitaram as fortes correções para reforçar posições em alguns fundos de ações, com especial ênfase em alguns temas mais específicos como seja os tecnológicos, saúde e recursos naturais”. Os clientes do Banco Carregosa agiram na mesma linha. “Observamos por parte dos nossos clientes o facto de terem aproveitado para reforçar algumas posições em ações que já tinham constado em meses anteriores do top 10 como os fundos temáticos da Pictet”, explica Tiago Gaspar, responsável de Análise e Seleção do Banco Carregosa.

No caso dos clientes do ActivoBank, estes “optaram por ter exposição a fundos de perfil mais conservador e viram ainda estas quedas como oportunidades de entrada em alguns setores e geografias. Alguns fundos de obrigações e ainda um sobre volatilidade figuraram entre os eleitos”, refere Bruno Pinhão.          

Quanto a sectores, entre os preferidos dos investidores do Banco Best “podemos encontrar os fundos BlackRock World Technology, Franklin Technology e Pictet Robotics, dedicados ao tema das tecnologias, os fundos Pictet Water e Franklin Natural Resources, dedicados ao tema dos recursos naturais, e o BlackRock World Healthscience, dedicado ao tema da saúde”, revela o diretor-adjunto da entidade. “O sector da energia foi um dos mais penalizados em março e também o sector que os clientes do ActivoBank elegeram como preferido, colocando um fundo sobre energia global como o mais subscrito do mês de março, revelando assim otimismo na recuperação futura deste setor”, conta Bruno Pinhão.

Europa é a região preferida

Por regiões, os clientes do Banco Best mostraram uma clara preferência pela Europa. Rui Castro Pacheco, explica que os clientes da entidade apostaram “em ações europeias com os fundos MFS European Value, que aposta em empresas com potencial, mas que estejam a cotar a preços em que o gestor veja valor, e Fidelity European Dynamic Growth, este mais virado para o tema do crescimento futuro dos negócios das empresas onde investe”.

Do lado do ActivoBank, além da Europa também se verificou uma preferência pela Rússia. Segundo Bruno Pinhão, “a queda sentida nestas geografias, que está entre as que mais perderam, foi percecionada pelos clientes como um momento de entrada”.

subscritos