O quinto mês do ano voltou a demonstrar que os investidores estão mais propensos ao risco, saindo dos fundos que potencialmente oferecem menos retorno.
O passado mês de maio não apresentou grandes diferenças no que diz respeito aos fundos mais resgatados nas três plataformas de fundos nacionais. Mais inclinados para a procura de risco ajustado ao retorno, os investidores continuaram o seu caminho de desinvestimento nos fundos de obrigações e de tesouraria.
Rui Castro Pacheco, head of asset management do Banco Best, indica precisamente que na entidade se assistiu “à manutenção da tendência para o desinvestimento em fundos de tesouraria e obrigações mais seguras para realocação em oportunidades que possam gerar um pouco mais de retorno”.
No Banco BiG, apesar de não ter existido, “uma tendência clara em termos de classe de activos ou área geográfica, no decorrer do mês de Maio”, neste âmbito, Isabel Soares, gestora de produto da entidade, refere que “os outflows registados voltaram a não indiciar alterações significativas em termos de alocação das carteiras” e, por isso, “no universo de fundos que registaram maiores volumes em termos de resgates, podemos referenciar produtos com perfil de risco mais conservador e alguns fundos de maior direccionalidade (nomeadamente fundos sectoriais)”.
A novidade mais significativa chega do ActivoBank. João Graça, da entidade, explica que no mês de maio “na vertente de resgates é notória uma alteração significativa”, diz o profissional, que adianta que “os fundos mistos globais ganharam o destaque, tendo os clientes resgatado muitos dos fundos mais balanceados da carteira para concretização de mais-valias e realocação a ativos ou áreas geográficas específicas”.