Investidores creem que a luz ao fundo do túnel é maior na Europa

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JohnONolan, Flickr, Creative Commons

A preferência dos investidores pela Europa em detrimento da China é evidenciada pelas últimas informações divulgadas pelo EPFR Global. Segundo os dados da instituição referentes à segunda semana de maio, tanto a China como os países desenvolvidos europeus têm emitido números macroeconómicos abaixo do esperado. A estes dados, os investidores responderam de forma distinta. Os fundos de ações europeias e de obrigações arrecadaram 3.61 mil milhões de dólares, enquanto os resgates nos fundos de ações e obrigações chineses atingiram máximos durante as últimas seis semanas, e nos últimos dois anos, respetivamente. 

Ao nível global, os fundos de ações e de obrigações seguidos pelo EPFR Global registaram ambos sólidas entradas de dinheiro durante a semana que terminou a 14 de maio, com os principais índices a atingirem um pico. Espera-se ainda que a “especulação” levada a cabo Banco Central Europeu provoque mais passos agressivos  na política monetária antes do fim do segundo semestre. 

Fundos de ações globais em crescimento 

Ainda a nível dos produtos globais, os investidores inclinaram-se para os fundos de ações, onde aportaram 11 mil milhões de dólares, configurando assim a quinta semana de records. Nos fundos de obrigações, coletivamente entraram 6.75 mil milhões de dólares, enquanto em sentido contrário saíram 4.9 mil milhões de dólares dos fundos de mercado monetário. 

A recuperação faz-se a leste

Mais especificamente nos fluxos ao nível de países, destacam-se os fundos de ações coreanas e russas que continuam a sua recente recuperação, com os últimos a registarem a maior entrada de dinheiro desde há um ano atrás. Do lado das obrigações, os fundos espanhóis, brasileiros e australianos  atravessaram mais uma semana de resgates líquidos. Realça-se também que os fundos de obrigações suecos tiveram saídas de dinheiro pela primeira vez desde a terceira semana de janeiro.