Investidores nacionais perspetivam um retorno médio anual acima dos 10% nos próximos cinco anos

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Contando Estrelas, Flickr, Creative Commons

Segundo o Schroders Global Investor Study 2020, os investidores a nível global estão otimistas, mesmo com a incerteza que pandemia ainda causa. Entre os 23.000 inquiridos no estudo estão investidores portugueses que perspetivam um crescimento de rendimentos e capital na ordem dos 10,7% para os próximos cinco anos, um valor acima da média europeia de 9,4%.

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Fonte: Schroders Global Investor Study 2020

Relativamente ao impacto económico provocado pelo coronavírus, 75% dos investidores portugueses acredita que este vai durar menos de dois anos. Contudo, a pandemia fez com que muitos investidores fizessem alterações nos seus portefólios. O estudo da Schroders revela que no período de maior volatilidade do mercado de ações (fevereiro e março de 2020), 72% dos investidores portugueses afirmaram ter feito alterações às suas carteiras e 70% assume ter alterado o seu nível de risco.

Carla Bergareche, country head da Schroders para Portugal e Espanha afirma num comunicado enviado à imprensa que: “Não há dúvida que o impacto da Covid-19 nas economias, mercados, e nas nossas vidas, será algo a ter em conta nos próximos anos. Os investidores portugueses estão conscientes disto, porém continuam a ter expectativas de rentabilidade demasiado otimistas, especialmente neste ambiente de baixas taxas de juro, baixo crescimento e avaliações ajustadas. Isso destaca a importância do aconselhamento, ao ajudar-nos a definir os nossos objetivos de investimento e a perceber o que podemos esperar. A pandemia é vista por muitos como o último cisne negro, mas agora, mais do que nunca precisamos de focar-nos nos nossos princípios de investimento e manter o foco na diversificação a longo prazo”. 

Onde investem?

Sobre as prioridades de investimento, o Schroders Global Investor Study 2020 mostra que são as pensões que 28% dos investidores portugueses privilegiam. Segue-se o investimento em ações, obrigações e commodities (18%), e o investimento, se assim se pode chamar, numa conta bancária (19%).

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Fonte: Schroders Global Investor Study 2020

Consultoria financeira

No que concerne a consultoria financeira, os bancos, não só a nível global, como também em Portugal (49%) são os mais requisitados. Seguem-se os consultores independentes e a análise do próprio investidor (36% e 35%, respetivamente).

Outra das conclusões do estudo da Schroders prende-se com a responsabilidade de garantir que as pessoas têm um conhecimento suficiente sobre questões financeiras – poupança, hipotecas, seguros, investimentos, planos de reforma. Em Portugal, os investidores consideram que deve ser a entidade financeira (66%), os indivíduos e os conselheiros independentes (ambos 63%).

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Fonte: Schroders Global Investor Study 2020

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Fonte: Schroders Global Investor Study 2020