Investidores procuraram mais dívida pública em outubro

color_pen_pencil_yellow_funds_grey
Photo by Joanna Kosinska on Unsplash

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários publicou os dados relativos à evolução dos fundos mobiliários nacionais em outubro, num relatório onde é revelado que o valor sob gestão dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários registou uma queda de 219 milhões de euros, totalizando, assim, 10.802,1 milhões de euros. De igual forma, os organismos de investimento alternativo viram o seu valor sob gestão registar uma queda de 1% para 800,5 milhões de euros.

Captura_de_ecra__2018-11-28__a_s_14

Fonte: CMVM

Quanto à evolução das aplicações nos diferentes segmentos, o segmento “privilegiado” por parte dos investidores parece ter sido novamente o segmento de dívida pública, no qual se verificou um aumento de 3,5% em dívida pública nacional e de 1,7% em dívida estrangeira. No segmento de ações, por outro lado, o montante aplicado caiu tanto nas de emitentes nacionais (3,8%) como nas de emitentes estrangeiros (2,4%). Já no que diz respeito ao segmento de obrigações, enquanto que se verificou um aumento de 0,8% nas de emitentes nacionais, do lado das obrigações de emitentes estrangeiros registou-se uma queda de 2,2%. Nota, ainda, para a queda de 4,5% do montante aplicado em unidades de participação de fundos estrangeiros, tendo subido 9,8% do lado das unidades de participação de fundos nacionais.

Captura_de_ecra__2018-11-28__a_s_14

Fonte: CMVM

Quanto às ações nacionais mais representativas nas carteiras dos fundos nacionais, o BCP manteve-se como a mais preponderante, com 11,6% do total (embora tenha registado um decréscimo de 0,3%), seguido pela NOS, com 9,7% (que registou um decréscimo mensal de 1,1%) e pela SONAE, com 8,9% do total.

Já a Itália surge como o mercado com maior preponderância no segmento de dívida pública, representando mais de 30% do investimento total, tendo, inclusive, registado um aumento de 8,3% no mês de outubro.

Os movimentos que marcaram o mês

O décimo mês do ano ficou marcado pela fusão por incorporação dos fundos Montepio Monetário de Curto Prazo e Montepio Monetário Plus, geridos pela Montepio Gestão de Activos, no fundo Montepio Tesouraria. Para além deste produto, verificou-se a fusão por incorporação de dois produtos geridos pela IM Gestão de Ativos. Falamos da incorporação do IMGA Dedicado Acumulação no fundo IMGA Alocação Moderada e do IMGA Dedicado Valorização no fundo IMGA Alocação Dinâmica.

Outubro não se ficou apenas pela fusão por incorporação de fundos, tendo-se registado o lançamento de três novos produtos. Um deles é o fundo de investimento mobiliário alternativo de obrigações fechado de subscrição particular, o CA Institucionais, gerido pela CA Gest. Os dois fundos restantes são geridos pela IM Gestão de Ativos: o Eurobic PPR/OICVM Ciclo de Vida e o Eurobic Seleção Top.