Investidores voltam a comprar hedge funds

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John Schnobrich, Unsplash

Após vários trimestres a registar mais reembolsos do que subscrições, os hedge funds podem dizer que recuperaram parte do dinheiro perdido devido ao coronavírus, sobretudo devido aos pobres resultados obtidos na sua vasta maioria nestes tempos de pandemia.

Assim, segundo os dados do provedor HFRX, os hedge funds voltaram a registar no terceiro trimestre subscrições líquidas positivas, algo que não acontecia desde o primeiro trimestre de 2018. Liderados pelas estratégias de arbitragem macro e de valor relativo, estes fundos de investimento receberam subscrições líquidas estimadas de 13.000 milhões de dólares no terceiro trimestre de 2020, aumentando os ativos da indústria para 3,31 biliões de dólares.

A maior parte dessas subscrições líquidas ficaram nas grandes empresas de hedge funds que há meses tinham sofrido também maiores reembolsos. Em concreto, os fundos com mais de 5.000 milhões de dólares em ativos receberam aproximadamente 11.200 milhões de dólares em entradas de ativos líquidos. por outro lado, os que gerem entre 1.000 e 5.000 milhões de dólares receberam entradas de 2.600 milhões de dólares num novo exemplo de polarização da indústria da gestão de ativos.

“As instituições de todo o mundo estão a fazer alocações com o olhar posto no futuro, antecipando e posicionando para as incertezas a curto prazo tanto do vírus como as eleições dos EUA, assim como as incertezas macroeconómicas a médio prazo dos EUA, Europa e Ásia em 2021. As estratégias dos hedge funds, que demonstraram ser poderosas, oportunistas, e os resultados não correlacionados ao longo de 2020 é provável que conduzam a um crescimento contínuo da indústria em 2021”, afirma Kenneth J. Heinz, presidente da HFR.

De facto, o HFRI 500 Fund Weighted Composite Index avançou 3,6% no terceiro trimestre que lhe permitiu ficar positivo no conjunto do ano com uma rentabilidade de 0,8%, 350 pontos base acima do Dow Jones.