Investidores voltam a realizar mais-valias no setor da tecnologia

balao_
JDRAMIRE, Flickr, Creative Commons

À semelhança do mês de setembro em que o setor da tecnologia foi o que mais captou, como recentemente analisámos, no mês de outubro verificou-se a mesma tendência. No entanto, no que diz respeito aos resgates, foram também os fundos mais vendidos aqueles expostos ao setor da tecnologia.

É precisamente esta tendência que Rui Castro Pacheco, diretor adjunto do Banco Best, refere que se constatou nos movimentos dos clientes na sua instituição “nos mais resgatados deste mês temos essencialmente dois temas, a tecnologia e o crédito”. Será contraditório os fundos mais vendidos serem também do setor tecnológico? O diretor adjunto conta que devido à boa performance do setor, existe a possibilidade de alguns clientes estarem a realizar mais-valias. “Na tecnologia pensamos que existem alguns clientes a realizar mais-valias depois do bom desempenho que o tema tem tido este ano, sendo que é um tema que também continua a ser dos mais subscritos pelas boas perspetivas que os investidores ainda têm sobre o mesmo”, esclarece Rui Pacheco.

Em relação ao tema crédito, Rui explica que “pensamos que alguns investidores podem ter aproveitado um momento em que foi possível recuperar das correções de fevereiro/março para repensarem os seus investimentos”.

Já o responsável de Análise e Seleção de fundos do Banco Carregosa, Tiago Gaspar, atesta tal como indicado também por Rui Pacheco, a realização de mais-valias, ou seja, “os dados de resgate revelarem algo nervosismo por parte dos clientes. Observou-se uma particular incidência nos fundos com maior valorização desde o início do ano, mostrando uma realização de mais-valias”. Segundo o responsável, para além do setor tecnológico, os resgates incidiram também no setor de saúde e no estilo quality.